Fernando Simon Marman, de 60 anos, e Louis Har, de 70 anos, foram raptados por militantes do Hamas no ataque de 7 de outubro.
Na madrugada desta segunda-feira, Israel levou a cabo uma operação das forças especiais que libertou dois reféns em Rafah. Segundo a informação avançada por militares israelitas, o resgate é o resultado de uma operação conjunta das Forças de Defesa de Israel (FDI), do serviço interno de segurança Shin Bet e da Unidade Especial de Polícia em Rafah.
Os dois reféns foram transportados por via aérea para o hospital de Sheba e estão em bom estado de saúde. Foram identificados como Fernando Simon Marman, de 60 anos, e Louis Har, de 70 anos, e terão sido raptados por militantes do Hamas do Kibbutz Nir Yizhak no ataque de 7 de outubro.
O porta-voz militar israelita disse que se tratou de uma "complexa operação de salvamento".
"A partir do momento em que o fogo entrou no apartamento, os soldados do Yamam abraçaram e protegeram Louis e Fernando com os seus corpos, e começou uma batalha ousada e uma pesada troca de tiros, em vários locais ao mesmo tempo, com muitos terroristas”, declarou o contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz das FDI.
Os ataques desta madrugada deixaram um rasto de destruição em Rafah, uma área designada como zona segura e onde 1,5 milhões de deslocados procuraram refúgio. Aviões, tanques e navios israelitas participaram na operação que, segundo os residentes, atingiu duas mesquitas e várias casas.
De acordo com as autoridades sanitárias palestinianas, pelo menos 67 pessoas morreram, entre as vítimas mortais há mulheres e crianças e há registo de dezenas de feridos.
Os ataques aconteceram poucas horas depois de o presidente Joe Biden ter avisado o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de que Israel não deveria conduzir uma operação militar contra o Hamas em Rafah sem um plano "credível" para proteger os civis.