Em Lisboa, a antiga estação do Arco do Cego foi transformada num pólo de conhecimento e ciência.
O Centro de Inovação do Instituto Superior Técnico ambiciona ser uma ponte entre o mundo académico, as empresas e os cidadãos.
Uma remodelação inovadora
O edifício foi alvo de uma remodelação inovadora. “Transformámos e reabilitámos o edifício. Tentámos manter a imagem que tinha e aplicámos materiais novos com tecnologias mais eficientes, ao nível bioclimático”, disse à euronews Miguel Amado, professor catedrático e arquiteto, do Instituto Superior Técnico de Lisboa.
"Era o local onde havia esses rails do trem que hoje foram reinterpretados. É o sítio onde entra a ventilação e a climatização, ou seja, toda a renovação do ar para garantir a qualidade do ar dentro do edifício vem de baixo para cima, utilizando o efeito da termodinâmica dos fluidos", explicou Miguel Amado.
Um espaço colaborativo aberto 24 horas por dia
Aberto desde outubro de 2023, o espaço lisboeta espera criar sinergias entre a comunidade académica e empresarial e a sociedade.
A área de cinco mil metros quadrados possui um espaço colaborativo aberto à cidade, uma zona de exposições e uma sala polivalente.
“É uma coisa que normalmente está escondida dentro das portas das universidades e das unidades de investigação, que vamos trazer cá para fora. Trata-se de mostrar às pessoas porque é que é importante investir no conhecimento e investir na investigação científica, no desenvolvimento, no empreendedorismo", resumiu Rogério Colaço, Presidente do Instituto Superior Técnico.
O espaço de estudo colaborativo está aberto 24 horas por dia. "Temos duas áreas distintas, uma área em que os alunos podem estudar em grupo e podem estudar também individualmente, com mesas para mais pessoas e uma zona depois de chillout ou lounge, onde se estuda de forma mais confortável", explicou Sofia Ferreira, estudante de mestrado em Arquitetura que participou na conceção do espaço colaborativo.
O apoio da Política de Coesão da UE
O projeto custou 13 milhões de euros. A Política de Coesão da União Europeia contribuiu para o orçamento com 5,3 milhões de euros. O Centro de Inovação do Técnico financiou 7,5 milhões de euros.