Trabalhos de casa deixam de ser obrigatórios nas escolas da Polónia

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Os alunos do primeiro ao terceiro ano vão deixar de ter trabalhos de casa na Polónia. As escolas polacas mostram-se preocupadas com a possibilidade desta norma aumentar o fosso educativo entre as crianças.

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Os professores vão deixar de dar trabalhos de casa às crianças do primeiro ao terceiro ano, na Polónia. Esta medida, introduzida pelo governo polaco, visa contribuir para a modernização do sistema educativo do país.

Para além disto, os trabalhos de casa passam a ser facultativos para os alunos do quarto ao oitavo ano. De acordo com as agências internacionais, a medida foi recebida com entusiasmo pelos alunos.

"Estou contente porque não gostava muito dos trabalhos de casa", disse Ola, uma jovem de onze anos que estuda em Varsóvia, citada pelas agências internacionais, acrescentando que “não faziam muito sentido porque a maior parte das pessoas da minha turma copiava-os de manhã de alguém que já os tinha feito”.

Já o presidente do sindicato dos professores polacos afirmou estar descontente com a maneira como a medida está a ser implementada. Sławomir Broniarz revela que concorda com a necessidade de aliviar a carga sobre os alunos, mas que as novas regras foram impostas sem a consulta adequada aos professores.

As escolas polacas mostram-se preocupadas com a possibilidade da nova medida poder aumentar o fosso educativo entre as crianças que têm um forte apoio dos pais em casa e as que não têm.

As reformas educativas do governo de Tusk

Desde que Donald Tusk assumiu funções como primeiro-ministro que têm sido lançadas uma série de reformas para desmantelar o sistema estabelecido pelo anterior Governo sobre Lei e Justiça. No final de 2023, Tusk anunciou um aumento salarial de 30 por cento para os professores.

O currículo escolar também foi objeto de várias alterações. O ministério da Educação reduziu o número de horas previstas para as aulas de estudos religiosos e, de acordo com o Financial Times, algumas obras de história e literatura polacas vão ser retiradas das salas de aula, em especial as obras do Papa João Paulo II.

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