Evento organizado pelo partido espanhol Vox juntou em Madrid várias personalidades da extrema-direita europeia, incluindo Marine Le Pen, bem como Giorgia Meloni e Viktor Orbán que gravaram mensagens para o comício. André Ventura e presidente da Argentina também discursaram na capital espanhola.
Algumas das principais figuras da extrema-direita europeia juntaram-se este domingo em Madrid para unir forças a três semanas das eleições europeias.
Num recinto com 11 mil pessoas, o partido espanhol Vox, liderado por Santiago Abascal, foi o anfitrião de um encontro que juntou personalidades como Marine Le Pen, Giorgia Meloni e Viktor Orbán, com os líderes dos governos de Itália e da Hungria a participarem à distância.
Marine Le Pen, ex-presidente do partido de extrema-direita francês Rassemblement National, disse que as próximas eleições europeias terão de servir para relançar a Europa.
Le Pen rejeitou um "superestado europeu centralizado" e pediu uma Europa das nações, que possa "escolher quem entra no seu território e quem sai dele".
Giorgia Meloni, por sua vez, salientou que é tempo de "mobilização" e fez um apelo ao voto dos jovens.
"Vocês são o único futuro possível para a Europa", afirmou Meloni.
O presidente do Chega, André Ventura, também discursou na capital espanhola, sublinhando a necessidade de combater o "socialismo e a corrupção".
"Deixei clara a minha convicção de que serei o próximo primeiro-ministro de Portugal.", escreveu Ventura na rede social X.
Um dos grandes protagonistas do evento foi o presidente da Argentina, Javier Milei, que também fez críticas ao socialismo, acusando o primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sanchez, com quem recusou encontrar-se, de trazer "pobreza e morte" aos espanhóis.
Os analistas e as sondagens apontam para uma forte ascensão da extrema-direita nas próximas eleições de junho.
Manifestação contra a extrema-direita
Cerca de mil pessoas juntaram-se em protesto no exterior do recinto onde decorreu o encontro da extrema-direita europeia.
Os manifestantes entoaram cânticos e agitaram cartazes de oposição ao "fascismo", mostrando preocupação com o crescimento dos movimentos nacionalistas, em Espanha e no resto da Europa.