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Políticas migratórias dão impulso a Meloni nas europeias

Número de chegadas baixou para menos de metade nos primeiros meses deste ano
Número de chegadas baixou para menos de metade nos primeiros meses deste ano Direitos de autor AP/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
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De  Giorgia Orlandi
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Como trunfo importante nestas europeias em que é candidata, a primeira-ministra italiana diz que o seu governo ajudou a mudar as políticas de Bruxelas neste campo.

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Desde que se tornou primeira-ministra de Itália, o principal desafio de Giorgia Meloni tem sido travar a migração ilegal. Mas cumprir a principal promessa do seu programa político tem sido particularmente difícil, dado o aumento acentuado do número de chegadas do norte de África desde  que começou o mandato. No entanto, os números diminuíram desde o início do ano.

Ao lançar a campanha eleitoral do partido Irmãos de Itália, a candidata assumiu o mérito de ter mudado a abordagem da Europa em relação à migração.

Se olharmos para os dados oficiais relativos aos primeiros três meses de 2024, o número de chegadas diminuiu em mais de metade em comparação com o mesmo período do ano passado. O governo italiano apoiou fortemente o recente acordo entre a UE e a Tunísia, saudando-o como um sucesso que levou a uma diminuição de quase 60% no número de partidas.

Diz Alfonso Giordano, professor de Migrações Internacionais na Universidade Luiss: "Os dados divulgados pelo Ministério italiano do Interior confirmam a tendência e o facto de ter havido uma diminuição até agora este ano. Qual é o impacto do acordo UE-Tunísia nos fluxos migratórios? É provável que essa redução se deva a um aumento do número de expulsões levadas a cabo pelas autoridades tunisinas e a um aumento das actividades policiais. Isto poderia explicar porque é que os fluxos migratórios estão agora a deslocar-se para a Líbia. Em termos políticos, é como se se tivesse colocado um travão nestes fluxos migratórios, que estão a ser tratados como emergências. Em vez disso, estamos perante um problema a longo prazo que exige diferentes tipos de investimentos, como no caso das políticas sociais".

Mas o acordo, que foi criticado por várias organizações humanitárias e deputados ao Parlamento Europeu por não respeitar os direitos humanos, não é a única peça legislativa a suscitar polémica.

Políticas migratórias dividem espetro político italiano

A adoção do Pacto da UE sobre Migração e Asilo causou uma grande divisão entre a maioria governamental italiana e os partidos da oposição.

Marco Tarquinio é candidato às eleições europeias pelo Partido Democrático (centro-esquerda): "A externalização do controlo das fronteiras não faz sentido. O que precisamos é de vias legais que também sejam reguladas de forma a permitir que as pessoas viajem de forma digna. Ao fazê-lo, as pessoas podem ser úteis para as nossas economias e para os nossos sistemas sociais. A Europa tem as regras e a visão política para o conseguir", diz.

Já Alessandro Battilocchio, deputado para as políticas de migração da Forza Italia, membro da coligação de governo, refere: "Acreditamos que a migração é um dos desafios mais importantes. Defendemos a defesa das nossas fronteiras e a construção de parcerias com os países de trânsito, mecanismos de migração legal, o reforço do papel das agências da UE que lidam com a migração e, de uma forma mais geral, a implementação de um plano mais amplo para África que permita o desenvolvimento do continente".

As políticas migratórias mais duras são um dos principais cavalos de batalha de Meloni nestas europeias, em que é, ela própria, candidata.

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