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Marine Le Pen: "Bardella será primeiro-ministro" se o Rassemblement National vencer as legislativas

Marine Le Pen, do partido de extrema-direita Rassemblement National (RN), em entrevista ao canal de televisão francês TF1
Marine Le Pen, do partido de extrema-direita Rassemblement National (RN), em entrevista ao canal de televisão francês TF1 Direitos de autor Julien de Rosa/AP
Direitos de autor Julien de Rosa/AP
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Marine Le Pen deixa claro que Jordan Bardella será primeiro-ministro caso o partido de extrema-direita consiga a maioria nas eleições legislativas em França. Em entrevista à TF1, Le Pen admitiu também fazer acordos individuais com candidatos dos Republicanos para o sufrágio antecipado.

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Marine Le Pen, antiga presidente e atual deputada do Rassemblement National (RN) no parlamento francês, anunciou, em entrevista à TF1, que Jordan Bardella, presidente do partido, será o primeiro-ministro caso o RN consiga maioria nas próximas eleições legislativas antecipadas, marcadas para 30 de junho e 7 de julho.

"Sempre disse aos franceses que há meses que estamos a trabalhar com Jordan Bardella como parte de uma parceria executiva (...). Eu estou a trabalhar para a Presidência da República, ele está a trabalhar para Matignon", afirmou Le Pen.

A ex-candidata presidencial referiu que o programa do RN estará baseado na defesa do poder de compra e na luta contra a insegurança e a imigração.

Na segunda-feira, Marine Le Pen e Jordan Bardella encontraram-se com Marion Maréchal, sobrinha de Le Pen e cabeça-de-lista do Reconquête, partido de extrema-direita, às eleições europeias, na sede do RN para discutir uma possível aliança para as eleições legislativas.

“Para isso, temos de ser capazes de unir as pessoas, de nos abrirmos a todos os homens e mulheres de boa vontade que são patriotas e que discordam de Emmanuel Macron, para construir uma maioria estável”, acrescentou Le Pen.

Acordos com os Republicanos

Na entrevista à TF1, Le Pen deixou em aberto a possibilidade de acordos individuais com os candidatos do Les Républicains (LR) para as eleições antecipadas provocadas pela dissolução da Assembleia Nacional.

Segundo Marine Le Pen, o RN é “evidentemente capaz” de não apresentar um candidato contra alguns membros do LR com os quais se alcance um acordo.

"É nisso que estamos a trabalhar, mas com pontos políticos em que todos estão de acordo. [...] Penso que, com um grande número de representantes eleitos, estamos a conseguir", notou.

Na segunda-feira, o presidente do RN, Jordan Bardella, revelou que já teve “conversas” com alguns membros dos Republicanos, reconhecendo que será “difícil ganhar as eleições legislativas antecipadas sozinho”.

Numa primeira sondagem da Toluna Harris Interactive para os grupos Challenges, M6 e RTL, publicada na segunda-feira, o Rassemblement National tem 34% das intenções de voto para as legislativas antecipadas, mais de 15 pontos percentuais acima do resultado obtido há dois anos. De acordo com estas projeções, o RN conseguiria entre 235 e 265 lugares, contra os 89 atuais.

A maioria presidencial teria entre 125 e 155 lugares, uma descida acentuada face aos atuais 249, o Nupes entre 115 e 145 lugares (153 atualmente) e o Les Républicains entre 40 e 55 lugares (74 atualmente).

"Frente Popular"

Na segunda-feira à noite, os partidos de esquerda - Partido Socialista (PS), La France Insoumise (LFI), os Ecologistas (EELV) e o Partido Comunista Francês (PCF) anunciaram um acordo para ter candidatos únicos em cada círculo eleitoral nas legislativas antecipadas de 30 de junho e 7 de julho.

O líder do PS, Olivier Faure, Fabien Roussel, líder do PCF, e François Ruffin, deputado do LFI, pediram uma “Frente Popular”, referência à coligação de esquerda que ganhou as eleições em 1936.

Entretanto, o coordenador do LFI, Manuel Bompard, disse à France Info que tal aliança deve basear-se na plataforma Nupes, uma coligação de partidos de esquerda (LFI, PCF, ecologistas e socialistas) criada para apresentar candidaturas comuns às legislativas de 2022.

Com ou sem a participação do LFI e de Mélenchon, o acordo sobre uma plataforma comum de esquerda está longe de estar assegurado, uma vez que a Nupes se desfez.

Na tarde de segunda-feira, Mathilde Panot, deputada do LFI, esteve reunida com Bompard, Faure e Tondelier na sede dos Verdes em Paris.

Bompard fez um apelo aos partidos para que trabalhem “no sentido da unidade e da clareza” antes das eleições.

Eric Coquerel, deputado do LFI, sublinhou que um acordo entre os partidos de esquerda só seria possível com base numa “plataforma de rutura” que incluísse a redução da idade da reforma para os 60 anos, a reforma do sistema fiscal e o reconhecimento de um Estado palestiniano.

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