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Cimeira da UE oficializará acordo sobre cargos de topo para instituições

Cimeira da UE de verão aprova nomes para novos líderes em cargos de topo
Cimeira da UE de verão aprova nomes para novos líderes em cargos de topo Direitos de autor Geert Vanden Wijngaert/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
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De  Aida Sanchez AlonsoIsabel Marques da Silva
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Os chefes de Estado e de governo dos 27 países da UE voltaram a Bruxelas, quinta-feira, com um acordo já fechado sobre os cargos de topo nas instituições. Apesar de alguma polémica por causa do método de negociação, as escolhas podem ser aprovadas com maioria qualificada.

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(Atualizado com as declarações do PM de Portugal, Luís Montenegro)

Os negociadores pelos partidos de centro-direita, centro-esquerda e liberais consideram que os melhores candidatos são a alemã Ursula von der Leyen, para liderar a Comissão Europeia, o português António Costa para o Conselho Europeu e a estónia Kaja Kallas para Alta Representante da Política Externa e Segurança.

"Espero algum debate, mas as três famílias políticas centristas chegaram a um acordo e penso que se manterá, mas temos de ver", disse Mark Rutte, líder interino dos Países Baixos (que em breve será o novo secretário-geral da NATO) à imprensa, quando chegou ao Edifício Europa, esta quinta-feira, em Bruxelas.

A cimeira poderá ter algum drama por causa das críticas de Giorgia Meloni, a primeira-ministra de Itália, que considera que os ultraconservadores e a extrema-direita tiveram ganhos nas eleições europeias que deveriam ser refletidos ao nível destes cargos e da sua negociação.

Meloni nem quis falar à imprensa e coube ao homólogo polaco, Donald Tusk, pôr água na fervura: "Ninguém respeita mais a primeira-ministra Meloni e a Itália do que eu. Houve um mal-entendido".

"Por vezes é necessária uma plataforma política específica para facilitar o processo. O objetivo era apenas facilitar o processo. Não há Europa sem Itália e não há decisão sem Meloni, obviamente", acrecentou Tusk, que foi presidente do Conselho Europeu, antes do atual, Charles Michel.

Por seu lado, o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, desvalorizou o caso: "Sabemos que a primeira-ministra da Itália - não tendo uma presença em termos de família política nas três maiores que desenvolveram este trabalho - aproveitará a reunião do Conselho para fazer valer os seus pontos de vista, mas isso é muito natural".

Não é necessário o voto da Itália para obter a maioria qualificada aquando da aprovação das nomeações, mas, historicamente, estas decisões foram tomadas por consenso.

Uma longa agenda

A agenda da cimeira, que termina na sexta-feira, inclui, ainda, o apoio militar à Ucrânia, a Agenda Estratégica (visão para o próximo mandato de cinco anos), a situação no Médio Oriente, a migração, a defesa e a segurança.

A Agenda Estratégica é um documento que dá orientações políticas para a Comissão Europeia legislar até 2029. Luís Montengro disse que Portugal contribuiu para a definição de algumas prioridades.

"É importante que nesta agenda se mantenha uma efetiva política de coesão e que se mantenham objetivos que para nós são muito relevantes e sobre os quais não se fala tanto, tais como a política para a sustentabilidade dos oceanos ou uma política da água", explicou o governante.

"É um objetivo do governo português implementar nos próximos anos uma política da água, que tem muito a ver com a qualidade de vida das populações, qaue tem muito a ver com o desenvolvimento de várias atividades económicas, como a agricultura e o turismo, que tem muito a ver com conciliação dos valores ambientais com o desenvolvimento económico-social e a coesão territorial", afirmou.

Uma "Europa forte e segura", uma "Europa próspera e competitiva" e "Uma Europa dos Valores" são os principais motores da agenda. É um caderno de encargos que deve levar em conta as preocupações de quase 500 milhões de europeus, alertou a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, que costuma ter um diálogo com os líderes antes da cimeira começar.

“Se não cumprirmos o pormetido, então aqueles que gostariam de destruir a Europa só crescerão”, disse Roberta Metsola, aos jornalistas à chegada para a cimeira.

A política maltesa, que se recandidatrá ao cargo por mais dois anos e meio, realçou que as pessoas estão preocupadas com pagar as suas contas, manter os empregos ou comprar uma casa e destacou a necessidade de a UE se focar na implementação das decisões legislativas que toma.

“É assim que podemos aproximar um pouco mais a Europa daquilo que é o desejo da sua população e que conseguiremos ter uma Europa mais forte, mais justa e melhor para todos os europeus”, disse Metsola.

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