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Rassemblement National não consegue lugar de vice-presidente na Assembleia Nacional

Após a eleição do Presidente da Assembleia Nacional em França, os cargos-chave são votados na sexta-feira e no sábado
Após a eleição do Presidente da Assembleia Nacional em França, os cargos-chave são votados na sexta-feira e no sábado Direitos de autor Michel Euler/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
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De  Sophia Khatsenkova
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Artigo publicado originalmente em inglês

Os deputados franceses recém-eleitos votaram na sexta-feira para os principais cargos da câmara baixa do Parlamento. O Rassemblement National, de extrema-direita, não conseguiu um lugar de vice-presidente.

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Após a reeleição de Yael Braun Pivet, da aliança centrista do presidente francês Emmanuel Macron, como presidente da Assembleia Nacional, na quinta-feira, foram eleitos seis vice-presidentes na sexta-feira à noite, em Paris.

Um resultado surpreendente é o facto de dois dos seis vice-presidentes pertencerem ao partido de extrema-esquerda França Insubmissa (LFI), que tem sido boicotado desde o início das eleições legislativas pelos outros dois principais blocos: a aliança centrista e o Rassemblemet National (RN), de extrema-direita.

Isto significa que alguns dos deputados do Rassemblement National votaram a favor do seu maior rival no Parlamento.

Desde que ficou em terceiro lugar nas eleições, o RN tem estado isolado de olho em várias posições-chave na Câmara Baixa.

As deputadas do França Insubmissa, Clémence Guetté e Nadège Abomangoli, foram eleitas na primeira volta, com 337 votos e 327 votos respetivamente.

Vários deputados do França Insubmissa afirmaram que não dariam qualquer voto à extrema-direita, mesmo que o partido os ajudasse a obter alguns dos principais cargos de vice-presidente.

Clemence Guetté, uma das vice-presidentes eleitas do partido de extrema-esquerda LFI, afirmou que não dará um único voto ao RN
Clemence Guetté, uma das vice-presidentes eleitas do partido de extrema-esquerda LFI, afirmou que não dará um único voto ao RNFrancois Mori/Copyright 2022 The AP. All rights reserved

Clémence Guetté, eleita como uma das vice-presidentes do partido LFI, declarou que "ao contrário do campo de Macron, nunca pedimos um voto ao Rassemblement Nacional e fomos muito claros: lutaremos sempre contra o Rassemblement Nacional."

Ainda na primeira volta foram eleitos Xavier Breton do partido conservador (Direita Republicana) com 325 votos e Naïma Moutchou do centro de direita (Horizontes), com 338 votos.

A segunda volta contou com 467 votantes e elegeu os dois restantes: Roland Lescure do grupo centrista de Macron, Ensemble, que obteve 273 votos e do partido conservador de direita, Direita Republicana, Annie Genevard, com 257 votos.

O Rassemblement Nacional acabou por não obter um único lugar de vice-presidente e reagiu na rede social X classificando a votação como "um escândalo democrático."

O RN diz ainda que estes resultados são "fruto dos acordos entre os macronistas os republicanos e da vontade da extrema-esquerda de impedir a representação justa de 11 milhões de franceses", que votaram na extrema-direita nas eleições legislativas.

No sábado, serão atribuídos mais cargos-chave, como algumas comissões permanentes, como a das finanças, pela qual o Rally Nacional tem concorrido ativamente.

Quem será o primeiro-ministro de França?

Com a coligação de esquerda, Nova Frente Popular (NFP), ainda incapaz de chegar a acordo sobre um nome para o cargo de primeiro-ministro, os socialistas apelaram antes de terça-feira.

"O tempo está a esgotar-se. Os cidadãos estão legitimamente a ficar impacientes. A emergência social obriga-nos a isso. O Partido Socialista apela, por isso, a que esta votação tenha lugar, o mais tardar, na terça-feira, 23 de julho", escreveu o Partido Socialista num comunicado de imprensa.

Os partidos de esquerda têm-se debatido sobre o nome a apresentar para líder do novo Governo eleito em França.

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Durante a semana, os Socialistas, os Verdes e os Comunistas apresentaram a candidatura do diplomata e economista climático Laurence Tubiana.

No entanto, o partido de extrema-esquerda, LFI, recusou a sua nomeação, acusando-a de ser demasiado próxima do presidente Macron.

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