As estruturas visam proteger as fronteiras orientais dos Países Bálticos, da União Europeia e da NATO.
A construção dos primeiros elementos da "Linha de Defesa do Báltico" já arrancou em Latgale, a região mais oriental da Letónia.
Esta linha defensiva será composta por estruturas de betão conhecidas como “dentes de dragão”, que dificilmente conseguem ser deslocados pelo inimigo, e os chamados blocos “LEGO” mais fáceis de esconder.
O projeto foi acordado em janeiro de 2024 e pretende reforçar as fronteiras orientais dos Países Bálticos, da União Europeia e da NATO, através destas estruturas que dificultam a mobilidade.
"Este material foi utilizado durante a Segunda Guerra Mundial. Ainda é visível em florestas ou bosques aqui e ali na Europa. Podem parecer pré-históricos, mas, infelizmente, com as hostilidades em curso na Ucrânia, continuam a ser uma ferramenta eficaz”, disse Kaspars Lazdins, inspetor dos engenheiros das Forças Armadas da Letónia, citado pela AP.
As estruturas estão a ser produzidas por empresas locais na cidade de Daugavpils e serão colocadas perto da fronteira com a Rússia e a Bielorrússia. No futuro, vão ser reforçadas com explosivos e minas, colocadas em parques de recursos de engenharia que ainda não foram construídos.
O que é a Linha de Defesa do Báltico?
A proposta de uma linha defensiva surgiu após a Cimeira da NATO de 2023, em Madrid, durante a qual foi acordado que seria necessário um reforço significativo ao longo das fronteiras da Europa e da NATO, capaz de defender contra uma invasão russa em grande escala.
Em janeiro do ano seguinte, a Letónia, a Lituânia e a Estónia anunciaram conjuntamente o seu plano de construção de uma barreira que iria proteger as suas fronteiras externas com a Rússia e a Bielorrússia, na sequência da guerra de agressão russa na Ucrânia.
De acordo com o Foreign Policy Institute, a linha não incluirá defesas costeiras, mas sim bunkers terrestres, parques de contra-mobilidade e linhas de distribuição.
De acordo com o Centro de Análise de Políticas Europeias (CEPA), incluirá também a criação de barreiras naturais, como árvores e valas de drenagem, e o reforço das vedações de arame farpado existentes ao longo das fronteiras da Lituânia e da Letónia com a Bielorrússia.