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Ministro da Cultura italiano admite "affair" com uma das suas colaboradoras

Meloni adverte: “Não são permitidos erros e enganos".
Meloni adverte: “Não são permitidos erros e enganos". Direitos de autor Andrew Medichini/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
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De  Euronews
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Depois de ter estado no centro da polémica devido à sua alegada relação com a empresária e influenciadora Boccia, o ministro Sangiuliano admite ter tido um caso amoroso com a mulher. Meloni adverte: “Não são permitidos erros e enganos".

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Após dias de polémica e acusações, com conteúdos alegadamente confidenciais publicados nas redes sociais, o ministro da cultura italiano, Gennaro Sangiuliano, confessou ter tido um "affair" com a empresária e influencer Maria Rosaria Boccia.

Numa entrevista de cerca de vinte minutos transmitida pela Tg1 da RAI 1, o ministro explicou qual era a sua relação com a alegada colaboradora do ministério. Sangiuliano, comovido, contou que mantinha uma relação sentimental com a mulher, classificando o chamado “Boccia-gate” como um boato. O ministro pediu então desculpa aos membros do governo, aos seus colaboradores e à sua mulher. O programa da reunião dos Ministros da Cultura do G7, prevista para Nápoles e Pompeia, que Boccia também deveria ajudar a organizar, continua incerto.

O que disse o ministro ?

“Estou disposto a demitir-me no momento em que Meloni assim o pedir”, disse o ministro e acrescentou: ‘mas também a tranquilizei com provas documentais de que tudo não passa de um caso de mexericos’. Durante a entrevista, Sangiuliano explicou que a nomeação de Boccia como conselheira para os grandes eventos, foi revogada porque poderia criar problemas.

O ministro disse também que todos os bilhetes de viagens em que Boccia participou, e que a empresária mostrou nas redes sociais, foram pagos com o cartão de crédito associado à sua conta pessoal. “Nunca gastei dinheiro público, paguei tudo, não sou chantagista”, disse o ministro, acrescentando que a primeira-ministra italiana recusou a sua demissão.

Sangiuliano, entretanto, foi contestado pela oposição, que exigiu esclarecimentos no parlamento sobre a entrevista, mas recebeu o apoio de membros do governo. “Confio nos colegas com quem trabalho”, afirmou o vice-primeiro-ministro Matteo Salvini. Boccia também publicou nas redes sociais os interiores do Palazzo Chigi, gravados através de óculos com uma câmara incorporada, causando ainda mais controvérsia.

Reação de Meloni ao caso Boccia

A primeira-ministra já tinha falado sobre o caso, nos últimos dias, durante uma entrevista à Rete 4, no programa 4 di Sera, dizendo estar confiante e calma quanto ao futuro do governo. Na quarta-feira, durante a reunião da direção nacional do partido Fratelli d'Italia, Meloni falou de “erros e passos em falso que não são permitidos”. Estamos a fazer história”, disse Meloni, ‘temos de estar conscientes de que nada nos é perdoado e que nada nos será perdoado’. Um comentário que muitos interpretaram como uma referência à polémica Bocca-Sangiuliano.

O executivo do partido, que não se realiza desde 2022, aconteceu numa altura crucial para o governo. Entre os temas discutidos estava a lei orçamental, uma questão muito delicada para as futuras relações com Bruxelas. Mais do que nunca as instituições europeias estão de olhos postos em Roma, depois de a Comissão Europeia ter aberto um procedimento por défice excessivo contra a Itália. Para já, ainda é cedo para ter uma ideia completa da medida, tal como anunciado por Meloni, mas a tónica será colocada no apoio às empresas, às famílias e aos trabalhadores.

Giorgia Meloni sublinhou os grandes resultados alcançados”, explicou o senador do FDI, Lucio Malan, em declarações à Euronews. Com a inflação mais baixa entre os países do G7, valores históricos de emprego, um crescimento superior à média europeia e um maior prestígio internacional da Itália, vamos continuar neste caminho”, disse ainda Malan e acrescentou: ‘Um compromisso preciso que reiterámos no executivo do FDI com políticas que apoiam as empresas, as famílias e os trabalhadores’.

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