Antes Moscovo já negado ser responsável por atos de sabotagem, depois de alegações de pacotes incendiários enviados em aviões de carga.
O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, acusou esta quarta-feira a Rússia de planear atos de sabotagem em todo o mundo, que incluíam “atos de terror aéreo” contra companhias de aviação.
Tusk fez estas acusações durante numa conferência de imprensa em Varsóvia, ao lado do presidente ucraniano, Volodymr Zelenskyy.
“Não vou entrar em detalhes, só posso confirmar a validade dos receios de que a Rússia esteja a planear atos de terror aéreo, não apenas contra a Polónia, mas contra companhias aéreas de todo o mundo”, disse Tusk.
Anteriormente, o Kremlin já tinha rejeitado alegações de que a Rússia tinha patrocinado atos de sabotagem e ataques na Europa.
Em causa estavam suspeitas de que os serviços de informação russos estivessem por detrás de um plano para colocar dispositivos incendiários em encomendas em aviões de carga, com destino à América do Norte.
Estas suspeitas incluíam um pacote que ardeu num centro de entregas na Alemanha e outro que ardeu num armazém em Inglaterra no ano passado.
Varsóvia acusa a Rússia de fazer uma guerra híbrida contra a Polónia e outros países ocidentais em retaliação ao apoio à Ucrânia na luta contra a invasão da Rússia.
Antes o governo polaco acusou a Rússia e a Bielorrússia de fomentarem uma crise migratória na fronteira leste da União Europeia com a Bielorrússia, de forma a criar o caos e a divisão no bloco.
Estas suspeitas levaram o governo de Varsóvia a aplicar medidas mais duras contra a imigração irregular e os refugiados. Um endurecimento que suscitou críticas, com requerentes de asilo a dizer que estavam a ser empurrados de volta para a Bielorrússia.
No ano passado, o ministro polaco dos Negócios Estrangeiros ordenou mesmo o encerramento de um dos três consulados russos no país em resposta a atos de sabotagem, incluindo ataques incendiários que disse terem sido patrocinados por Moscovo.