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União Europeia procura pelo fim da dependência da China em relação às terras raras

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, discursa numa conferência de imprensa no final de uma Cimeira da UE em Bruxelas, quinta-feira, 23 de outubro de 2025.
A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, discursa numa conferência de imprensa no final de uma Cimeira da UE em Bruxelas, quinta-feira, 23 de outubro de 2025. Direitos de autor  AP Photo/Francois Walschaerts
Direitos de autor AP Photo/Francois Walschaerts
De Evelyn Ann-Marie Dom & EBU
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Através do plano RESourceEU, a União Europeia procura acabar com a sua dependência da China no que respeita às suas matérias-primas críticas, que são essenciais para os sectores automóvel, da defesa, da tecnologia verde e digital da Europa.

A União Europeia está a trabalhar numa estratégia para reduzir a sua dependência das matérias-primas críticas chinesas, afirmou no sábado a Comissária Europeia Ursula von der Leyen.

A estratégia renovada surge em resposta à decisão da China, em outubro, de aplicar restrições mais rigorosas às exportações de terras raras. O gigante asiático terá feito isso em resposta às tarifas comerciais impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, mas von der Leyen apontou o impacto que isso teria na Europa.

"Se considerarmos que mais de 90% do nosso consumo de ímanes de terras raras provém de importações da China, vemos os riscos para a Europa e para os seus sectores industriais mais estratégicos", afirmou von der Leyen numa conferência em Berlim.

Estes minerais são fundamentais para as indústrias da UE, como os sectores automóvel, da defesa, da tecnologia verde e digital.

Von der Leyen afirmou que, a curto prazo, a UE irá concentrar-se em encontrar soluções com os seus homólogos chineses, mas que também irá intensificar os seus esforços de coordenação com outros países para garantir o acesso a fontes alternativas de minerais.

"O objetivo é garantir o acesso a fontes alternativas de matérias-primas críticas a curto, médio e longo prazo para as nossas indústrias europeias", afirmou von der Leyen. "Vamos acelerar o trabalho em parcerias de matérias-primas críticas com países como a Ucrânia e a Austrália, o Canadá, o Cazaquistão, o Uzbequistão, o Chile e a Gronelândia".

O novo programa, denominado RESourceEU, inspira-se no REPowerEU, uma iniciativa lançada após a invasão russa da Ucrânia com o objetivo de reforçar a independência da UE no sector energético, afastando-a das fontes de energia russas.

"A iniciativa começa com uma economia circular, não por razões ambientais, mas para explorar as matérias-primas essenciais já contidas nos produtos vendidos na Europa", afirmou von der Leyen.

"Além disso, vamos concentrar-nos em tudo, desde as compras conjuntas até à constituição de reservas. Iremos impulsionar o investimento e os projectos estratégicos para a produção e transformação de matérias-primas críticas aqui na União Europeia", acrescentou.

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