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Centenas de pessoas reuniram-se em Paris para acender velas após ataque a uma sinagoga

A sinagoga de Rouen é fotografada depois de um homem armado com uma faca e uma barra de metal ser suspeito de ter ateado fogo, sexta-feira, 17 de maio de 2024.
A sinagoga de Rouen é fotografada depois de um homem armado com uma faca e uma barra de metal ser suspeito de ter ateado fogo, sexta-feira, 17 de maio de 2024. Direitos de autor Oleg Cetinic/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Oleg Cetinic/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
De  Euronews com AP
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Artigo publicado originalmente em inglês

Cerca de 200 pessoas reuniram-se na Place de la République, em Paris, no início do Shabbat judaico, para recordar o ataque à sinagoga de Rouen.

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Na sexta-feira à noite, cerca de 200 pessoas reuniram-se na Place de la République, em Paris, para acender as velas que assinalavam o início do Shabbat, na sequência de um ataque a uma sinagoga em Rouen, no início do dia.

O momento do ataque, poucas horas antes do início do Shabbat, o dia sagrado de descanso na fé judaica, aumentou as preocupações entre as dezenas de milhares de judeus que tinham planeado assistir aos serviços da sinagoga nessa noite.

A União dos Estudantes Judeus de França (UEJF) lançou um apelo aos parisienses para que participassem na cerimónia de acendimento das velas, às 18 horas, como demonstração de solidariedade contra o antissemitismo.

Um homem morreu depois de ter sido baleado pela polícia francesa. O atacante estava armado com uma faca e uma barra de metal, suspeito de ter iniciado um incêndio que danificou uma sinagoga na cidade normanda de Rouen, na madrugada de sexta-feira. O Ministro do Interior, Gerald Darmanin, classificou o ataque como "claramente" antissemita, causando indignação entre os líderes judeus, num contexto de aumento dos crimes de ódio desde o início do conflito entre Israel e o Hamas.

A view of the synagogue where a man armed with a knife and a metal bar is suspected of having set fire, Friday, May 17, 2024 in Rouen, France.
A view of the synagogue where a man armed with a knife and a metal bar is suspected of having set fire, Friday, May 17, 2024 in Rouen, France.Oleg Cetinic/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.

Segundo Darmanin, o suspeito, de nacionalidade argelina, não tinha sido identificado como um potencial extremista. Depois de ter inspecionado a sinagoga devastada pelo fogo, Darmanin revelou que o homem tinha pedido autorização para permanecer em França para receber tratamento médico, mas que lhe tinha sido negada, tendo posteriormente sido incluído numa lista de procurados pela polícia para possível deportação.

Darmanin felicitou o agente da polícia, de 25 anos, por ter usado a sua arma de serviço contra o agressor, descrevendo-o como "particularmente perigoso" e "violento". As ações do agente foram consideradas "extremamente corajosas" e "profissionais", merecendo ser condecorado, segundo o ministro.

"Este ato antissemita em Rouen afeta-nos a todos profundamente", afirmou Darmanin, sublinhando o empenho da França em fazer do país um espaço seguro para a sua população judaica, garantindo o seu direito a praticar a sua religião sem medo.

A demonstrators holds a poster reading « Synagogue burnt, Republic in danger, let's not be afraid » during a gathering in Paris, , May 17, 2024.
A demonstrators holds a poster reading « Synagogue burnt, Republic in danger, let's not be afraid » during a gathering in Paris, , May 17, 2024.Nicholas Garriga/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.

Na sequência do conflito entre Israel e o Hamas, a França assistiu a um aumento dos incidentes antissemitas, exacerbado pelas suas importantes populações judaicas e muçulmanas. As manifestações pró-palestinianas nas principais cidades e as ocupações de campus universitários por estudantes em solidariedade com Gaza intensificaram ainda mais as tensões.

De acordo com o primeiro-ministro Gabriel Attal, a França sofreu recentemente um aumento acentuado de atos antissemitas na sequência do ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro, que se prolongou pelo ano em curso.

As autoridades registaram 366 incidentes antissemitas nos primeiros três meses de 2024, o que representa um aumento de 300% em relação ao mesmo período do ano passado. Attal destacou que mais de 1.200 atos antissemitas foram relatados no último trimestre de 2023, triplicando o número de todo o ano de 2022.

"Estamos a assistir a uma explosão de ódio", lamentou Attal, sublinhando a necessidade urgente de abordar e combater o aumento do antissemitismo em França.

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