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Pedro Sánchez encerra digressão pela Mauritânia, Gâmbia e Senegal

Pedro Sánchez no Senegal
Pedro Sánchez no Senegal Direitos de autor Annie Risemberg/Copyright 2020 The AP. All rights reserved
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De  Aida Sanchez Alonso
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Artigo publicado originalmente em espanhol

Na última paragem, no Senegal, o primeiro-ministro espanhol considerou "essencial" o regresso dos migrantes que entram ilegalmente no país.

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O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, conclui o seu périplo por três países africanos - Mauritânia, Gâmbia e Senegal - que teve início na passada terça-feira. Durante o périplo, Sánchez defendeu o aumento dos canais de migração legal, a chamada migração circular, mas também o regresso dos migrantes.

De acordo com Sara Prestianni, da Euromed Rights, uma das causas do aumento das chegadas às Ilhas Canárias são os recentes acordos assinados pela Comissão Europeia com vários países mediterrânicos.

"Por razões políticas, existe um compromisso, tanto por parte da milícia líbia como do governo tunisino, de intercetar e devolver os migrantes, violando os direitos humanos", explica Prestianni. "Se olharmos para a região do Mediterrâneo como um todo, podemos ver como o aumento nas Ilhas Canárias também significa um aumento da interceção noutros pontos de entrada na Europa", afirma.

Para travar a crise das chegadas, um dos planos de Sánchez é promover a chamada migração circular, ou seja, contratar trabalhadores estrangeiros nos seus países de origem, onde regressarão mais tarde.

Marrocos e Senegal já têm um acordo semelhante com Espanha, que está agora a ser alargado à Gâmbia e à Mauritânia. As ONG valorizam a mensagem positiva de Sánchez sobre a migração, embora alertem para os riscos: "Quando falamos de migração circular ou de canais legais, estão principalmente relacionados com os trabalhadores sazonais. Conhecemos claramente os trabalhadores sazonais quando pensamos em Huelva, mas também na Apúlia ou na Calábria, no sul da Europa, e muitas vezes são sinónimo de exploração", salienta Prestianni.

Uma rota perigosa

A rota das Ilhas Canárias é a que mais aumentou nos primeiros meses de 2024 no sul da Europa, com 154% mais chegadas, de acordo com os dados da Frontex. É também considerada muito perigosa. A viagem a partir da Gâmbia ou do Senegal pode demorar vários dias e está sujeita a fortes correntes atlânticas.

A chegada dos barcos "cayuco" provocou uma crise nas Ilhas Canárias, e um dos objectivos de Sánchez era encontrar uma solução. Todas as regiões autónomas de Espanha devem criar um sistema de solidariedade para com as Ilhas Canárias, Ceuta e Melilla, que são responsáveis pela gestão dos fluxos migratórios, especialmente no que se refere aos menores não acompanhados", explica Juan Fernando López Aguilar, eurodeputado do S&D pelas Ilhas Canárias.

Para já, não está prevista uma visita da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, às Ilhas Canárias, tal como aconteceu na ilha italiana de Lampedusa, embora a sua equipa reconheça que não a exclui.

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