Ucranianos choram mortos de Mariupol e presidente insiste em Minsk

Ucranianos choram mortos de Mariupol e presidente insiste em Minsk
De  Francisco Marques com MARIA KORENYUK
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Domingo é de luto em Kiev. Num memorial improvisado na capital da Ucrânia, flores estão a ser depositadas em memória dos 35 civis mortos na véspera

Domingo é de luto em Kiev. Num memorial improvisado na capital da Ucrânia, flores estão a ser depositadas em memória dos 35 civis mortos na véspera, na sequência do bombardeamento alegadamente por forças separatistas sobre um bairro residencial da cidade costeira de Mariupol, no sul da região de Donetsk.

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Os ucranianos de Kiev ficaram revoltados, mas mantêm-se firmes, ao lado do governo, contra os separatistas. “O território não deve ser entregue. Temos de defender cada centímetro. Esta terra deve ser nossa. Temos de resistir a estes ataques inimigos”, refere uma residente da capital. Uma outra é ainda mais firme: “Se eles nos invadem, nós temos de os expulsar. Temos de defender o nosso território. Tantas pessoas que já morreram. Temos de ir até ao fim, nisto!”

Petro Poroshenko reuniu-se, entretanto, já este domingo com os responsáveis de defesa da Ucrânia para debater o escalar da violência no leste. O presidente ucraniano – tal como o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon – insiste na aplicação dos acordos de paz assinados em setembro na Bielorrússia.

“A Ucrânia mantém-se um forte defensor de uma solução pacífica para este conflito. Estamos comprometidos com cada uma das letras dos acordos de Minsk. O cessar-fogo, a libertação de reféns, o fecho das fronteiras, a retirada do país das tropas estrangeiras e o início de um processo político de pacificação e regulação, estas são as nossas prioridades”, afirmou Poroshenko.

A acompanhar estes desenvolvimentos, esteve a correspondente da euronews em Kiev, Maria Korenyuk, que conclui: “A Ucrânia pede ao Mundo para colocar mais pressão sobre a Rússia.
Depois da tragédia de Mariupol, Kiev apela à comunidade internacional para considerar as [autoproclamadas] Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk como organizações terroristas. Se for aceite, é de esperar que Moscovo, que alegadamente tem apoiado os separatistas, venha a ser alvo de mais sanções.”

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