Venezuela: Maduro responde a sanções dos EUA com acusações de espionagem e "terrorismo"

A Venezuela volta a desafiar os Estados Unidos depois de anunciar ter detido vários cidadãos norte-americanos por suspeitas de espionagem. Um gesto reforçado pela decisão de Caracas de restringir a entrada e atribuição de vistos a norte-americanos, em resposta às sanções contra a Venezuela aprovadas recentemente por Washington.
Uma posição desafiante na qual alguns analistas vêem uma manifestação de fragilidade do regime, seriamente abalado pela crise económica e a queda dos preços do petróleo.
“Pedi à ministra dos Negócios Estrangeiros que aja, à luz do artigo 11.1 da Convenção de Viena – que regula as relações diplomáticas internacionais – para rever, reduzir, ajustar e limitar o número de responsáveis norte-americanos na embaixada na Venezuela”, afirmou Maduro.
Entre os cidadãos banidos de entrar no país e acusados por Caracas de “terrorismo” encontra-se o antigo presidente norte-americano George W. Bush ou o antigo vice-presidente Dick Cheney.
Em Washington, fontes da administração Obama descartaram as acusações de Maduro. Um discurso com que o chefe de Estado afirma querer defender-se do que considera ser uma tentativa para derrubar a revolução bolivariana do seu antecessor Hugo Chávez.