O alegado esquema de dopagem organizada pode vir a revelar-se o maior escândalo desportivo dos últimos anos.
A equipa de atletismo da Rússia pode ver-se excluída dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no próximo ano, se se confirmar o megaescândalo de doping organizado.
A confirmar-se, este é o maior caso de doping patrocinado por um Estado desde a rede sistemática de dopagem de mulheres da antiga RDA.
O ministro russo do desporto, Vitaly Mutko, defende-se das acusações: “O doping não é só um problema da Rússia, a Rússia não pode ser isolada. Este é um problema mundial. Todos os países combatem este flagelo, nós também o fazemos e vamos continuar a fazer. Criámos um sistema sério de luta antidoping. Todos os anos, há cerca de dois por cento de atletas desqualificados, tal como acontece noutros países”.
Segundo a investigação da Agência Mundial Antidopagem
, foi a própria agência anti-doping russa a destruir várias amostras de sangue e urina, de vários atletas, na véspera da chegada a Moscovo dos inspetores internacionais.
Além da justiça desportiva, o caso está também nas mãos da Interpol e de uma investigação internacional liderada por um magistrado francês.