A Bélgica rejeita as críticas feitas aos seus serviços de segurança, após os atentados em Paris, e reforça a luta aos radicais. Esta quinta-feira
A Bélgica rejeita as críticas feitas aos seus serviços de segurança, após os atentados em Paris, e reforça a luta aos radicais.
Esta quinta-feira, as forças belgas realizaram mais buscas na região de Bruxelas, incluindo, no bairro de Moleenbek. Um dos locais visados será a casa da família de Bilal Hadfi, um dos suicidas do “Stade de France”.
Ao mesmo tempo, no parlamento, o primeiro-ministro anunciava uma dezena de medidas para reforçar a luta contra o terrorismo
O governo belga vai atribuir mais 400 milhões de euros para a segurança.
Charles Michel defendeu: “Impedir as pessoas de partirem para zonas de combate ou de treino não chega. Devemos também impedir que regressem ao nosso solo, quando não são belgas. A regra deve ser clara. O lugar dos jihadistas que regressam é na prisão”.
O governo quer alterar a constituição para prolongar a prisão preventiva de 24 para 72 horas e realizar buscas 24 horas por dia em casos de terrorismo.
A Bélgica tem sido designada o elo fraco na luta antiterrorista, mas Charles Michel recordou que a operação em Saint-Denis foi realizada graças a informações belgas.
Nas últimas horas ficou a saber-se que, em maio, um relatório dos serviços secretos norte-americanos alertava para atentados organizados na Europa, após o desmantelamento de uma célula terrorista em janeiro na Bélgica.
O documento evocava a hipótese de Abdelhamid Abaaoud, apresentado como o mentor dos atentados em Paris, se ter feito passar por morto desde finais de 2014 para que a Bélgica deixasse de o procurar.