A opinião pública mobilizou-se depois de o julgamento em recurso ter confirmado os 10 anos de prisão. Os juízos não aceitaram a tese da "legitima defesa", já que o marido estava de costas
A opinião pública francesa ganhou o combate e Jacqueline Sauvage poderá ser libertada em breve, após ter sido agraciada pelo presidente da república.
Na passada sexta-feira, François Hollande tinha recebido as filhas e o advogado desta mãe de família, condenada a 10 anos de prisão por ter morto, com três tiros nas costas, o marido, após 47 anos de violência conjugal.
Carole Marot, uma das filhas, diz que agora, o que quer, é “abraçar a mãe com muita força” e dizer-lhe que “ao fim de 47 anos de sofrimento” ela vai, “finalmente, poder viver em paz com as filhas e os netos.”
A opinião pública mobilizou-se depois de o julgamento em recurso ter confirmado os 10 anos de prisão. Os juízos não aceitaram a tese da “legitima defesa”, já que o marido estava de costas.
L'affaire Jacqueline Sauvage aidera-t-elle la lutte contre les violences conjugales ? https://t.co/Vonu1olj86#AFPpic.twitter.com/6LY3Ft0Ac3
— Christophe Schmidt (@cschmidtafp) February 1, 2016
François Hollande refere uma “situação humana extraordinária”. Foi isso que o levou a acordar esta graça parcial, de dois anos e quatro meses, o que a Sauvage pedir imediatamente a liberdade condicional. Jacqueline Sauvage poderá estar livre em abril.