O Ministério Público do Panamá anunciou a abertura de um inquérito ao escândalo mundial de evasão fiscal denominado “Panama Papers”, que implica um
O Ministério Público do Panamá anunciou a abertura de um inquérito ao escândalo mundial de evasão fiscal denominado “Panama Papers”, que implica um vasto leque de altos responsáveis políticos e personalidades do mundo do desporto e dos negócios.
Questionada pela euronews acerca do que acontecerá à indústria das empresas “offshore” e dos paraísos fiscais, na sequência das revelações, Marina Walker Guevara, vice-diretora do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação – que coordenou o esforço colaborativo de mais de uma centena de meios de comunicação – diz que “o mundo do ‘offshore’ tem a característica se de reinventar muito rapidamente. […] Mas, nestes tempos de vastos dados, grandes colaborações e jornalistas persistentes, será cada vez mais difícil manter este tipo de segredos”.
Nos milhões de documentos divulgados, provenientes da empresa de advogados panamiana Mossack Fonseca, há referência a 34 proprietários de “offshores” registados em Portugal.
Entre os grandes nomes envolvidos neste escândalo encontra-se o rei da Arábia Saudita, o presidente russo Vladimir Putin ou o chefe de Estado argentino. Mauricio Macri defendeu-se esta segunda-feira, afirmando que a empresa “offshore” fundada pelo pai nas Bahamas e que ele geriu era legal.
A série de declarações defensivas sucedeu-se, aliás, na sequência das revelações, com o Paquistão a negar qualquer atuação ilegal da família do primeiro-ministro Nawaz Sharif.