Crise dos refugiados centra atenções na Assembleia Geral da ONU

Crise dos refugiados centra atenções na Assembleia Geral da ONU
De  João Paulo GodinhoMichela Monte
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A 73ª reunião magna das Nações Unidas decorre em Nova Iorque e tem o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a representar Portugal.

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A crise das migrações e dos refugiados esteve na ordem do dia nos primeiros encontros no âmbito da 73ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque.

Num arranque onde o presidente americano Donald Trump centrou muitas das atenções, quer pela reunião com o homólogo francês Emmanuel Macron ou por um possível encontro com o líder iraniano Hassan Rouhani, o primeiro dia ficou marcado pelo encontro de Federica Mogherini com elementos do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), devido à situação na Líbia.

E para a chefe da diplomacia europeia, a ausência de uma data para as eleições na Líbia não é o maior problema na atual crise.

"As eleições têm de ser devidamente preparadas E isso significa um quadro constitucional e legal claro. Para que os cidadãos saibam para que votam, tanto para o parlamento como para o presidente, quais são os poderes e qual é o quadro institucional destas eleições? Terá de haver condições de segurança adequadas e, sobretudo, deverá haver um processo político que possa levar ao facto de todas as partes aceitarem os resultados após as eleições", afirmou.

Um dos maiores problemas na resolução da atual crise migratória passa pela politização do tema a nível global. Quem o declarou foi o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi.

"Esta questão tem sido muito politizada. Sinceramente, no sentido de ganhar votos. Como tem sido politizado? Ao estigmatizar estas pessoas, ao dizer que elas são uma ameaça, que há uma invasão da Europa. Penso que o problema não são os refugiados e os migrantes. O problema é a maneira como este problema tem sido tratado”, referiu.

A semana mais importante do ano nas Nações Unidas será igualmente marcada pela cimeira da paz Nelson Mandela, um plenário ao mais alto nível no quadro da assembleia geral e que assinala o centenário do nascimento do histórico líder sul-africano.

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