Eleições em Espanha ensombradas pela incerteza

O fim do bipartidarismo torna praticamente certa a incerteza pós-eleitoral. As eleições legislativas deste domingo, em Espanha, deverão ditar vários resultados possíveis.
Cerca de 37 milhões de pessoas são chamadas às urnas mas muitos ficarão em casa. E é preciso contar com os indecisos.
O país apresenta-se altamente dividido depois de uma campanha renhida em que nenhum candidato parece estar em condições de obter a maioria.
O socialista Pedro Sánchez recandidata-se à presidência do Governo de Espanha mas está consciente de que "Ganhar não significa Governar" e prepara-se para a anunciada inevitabilidade de formar alianças pós-eleitorais.
Não com Pablo Casado, o rival líder do Partido Popular, mas hipoteticamente com a coligação de esquerda-radical Unidas Podemos, de Pablo Iglesias.
Sánchez afastou o cenário de uma aliança com o Ciudadanos de Albert Rivera, que pretende roubar a liderança dos populares à direita.
Por outro lado, Pablo Casado estendeu a mão a Rivera e ao Vox, a formação de extrema-direita de Santiago Abascal.
À esquerda ou à direita, com apoio de nacionalistas e independentistas, segunda-feira começará seguramente a procura por uma solução de Governo estável.