Incêndio que começou em Vila de Rei chegou ao concelho de Mação e ainda não foi dominado pelos mais de 800 operacionais no terreno.
O incêndio que começou este sábado em Vila de Rei alastrou no domingo de forma destruidora até Mação e já está a destruir casas em algumas aldeias da freguesia de Cardigos.
Na aldeia de Sarnadas já arderam três habitações. De acordo com a autarquia de Mação, pelo menos 15 aldeias estão ameaçadas pelas chamas.
A intervenção rápida dos bombeiros tem evitado o pior até ao momento, mas já se registaram pelo menos 20 feridos.
O vento forte e as elevadas temperaturas têm sido os maiores obstáculos à atuação dos operacionais, numa região dominada pelo eucalipto e pelo pinheiro.
Em declarações aos jornalistas ao fim da tarde em Marvão, Portalegre, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apontou o foco ao combate às chamas e evitou fazer um primeiro balanço das operações.
"Haverá tempo para depois fazer balanços e comparações e retirar lições. Mas agora há uma prioridade muito clara que deve mobilizar todos. E o que desejamos todos é que haja uma normalização e estabilização de uma situação que abrange tantas populações", afirmou o chefe de Estado, assegurando estar a acompanhar em permanência a situação.
Para o combate àquele que é já um dos maiores incêndios do ano em Portugal estão mobilizados mais de 800 operacionais, apoiados por 255 viaturas e 15 meios aéreos. Segundo a Proteção Civil, no total das operações no país estão presentes mais de 1300 operacionais, 386 meios terrestres e 17 meios aéreos para combater os incêndios.
Paralelamente, o fumo dos incêndios florestais em Portugal e as condições atmosféricas, nomeadamente devido a um anticiclone, criaram uma “nuvem” que cobria hoje uma boa parte da Extremadura espanhola.
A União Europeia está também a contribuir com a produção de mapas satélite dos incêndios e já garantiu estar pronta para fornecer mais ajuda.