Depois de um encontro com o rei da Jordânia, a chanceler alemã disse que o ataque não é uma razão para acabar com o embargo de armas à Arábia Saudita.
Após o ataque com drones às instalações da petrolífera Aramco, o rei da Arábia Saudita tentou tranquilizar os mercados, garantindo que o país tem como lidar com as consequências. Numa declaração, o rei disse que os ataques atingiram "o abastecimento global de petróleo" e a "economia internacional", e apelou aos Governos para enfrentarem as ameaças "independentemente da origem".
O monarca saudita pode não ter gostado da resposta de Angela Merkel. Depois de um encontro com o rei da Jordânia, a chanceler alemã disse que o ataque não é uma razão para acabar com o embargo de armas à Arábia Saudita.
"Neste momento, não vejo condições para alterar a posição do Governo alemão. Fomos informados acerca de desenvolvimentos no Iémen, quando tomámos uma decisão sobre o embargo de armas à Arábia Saudita. Acho que os acontecimentos mostram que temos de fazer tudo para encontrar uma solução diplomática para o conflito do Iémen, mesmo que isso pareça muito difícil neste momento", afirmou Merkel.
Os Estados Unidos acusam o Irão de envolvimento direto no ataque ao seu rival no Médio Oriente, mas a França tem pedido cautela. "Até agora, a França não tem provas que nos permitam dizer se estes drones vêm de um lugar ou de outro. E eu não sei se alguém tem essas provas", realçou o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Yves Le Drian.
Os ataques com drones foram reivindicados pelos Houthis, rebeldes iemenitas apoiados pelo Irão. A produção de petróleo da Arábia Saudita ficou reduzida a metade, disparando os preços dos barris de crude.