Emmanuel Macron pede união contra o terrorismo islâmico

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Direitos de autor REUTERS/Benoit Tessier
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De  João Paulo Godinho
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Presidente francês apelou à vigilância da sociedade para tentar travar o crescimento do radicalismo no país.

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O Presidente de França, Emmanuel Macron, prometeu hoje “um combate sem tréguas” ao “terrorismo islâmico”, durante uma homenagem a quatro polícias assassinados na quinta-feira na sede da polícia de Paris por um colega funcionário que se radicalizou.

“Os vossos colegas caíram sob os golpes de um islão distorcido e portador de morte que nos cabe erradicar”, disse Macron, apelando a “toda a nação” para “se mobilizar” face à “hidra islamita”, uma referência ao monstro mitológico.

“Não é, em caso algum, um combate contra uma religião, mas contra o seu desvirtuamento, que conduz ao terrorismo”, afirmou.

Os quatro caixões foram colocados no centro do pátio, cobertos com a bandeira de França. O autor do ataque, Mickaël Harpon, foi abatido por um agente no pátio da sede da polícia da capital francesa.

"O governo sozinho e todos os serviços do Estado não conseguem derrotar a rede radical islâmica; é toda a nação que deve se unir, mover e agir. Só a venceremos se o nosso país, que superou tantas provações ao longo da história, se levantar para lutar contra esse islamismo subterrâneo que corrompe os filhos da França. Uma sociedade de vigilância, é isso que temos de construir", acrescentou Macron.

Os crimes cometidos por Mickael Harpon, colega dos agentes mortos, estão a ser investigados com um possível ato terrorista. O suspeito converteu-se ao islamismo há dez anos, radicalizou-se recentemente e estaria alegadamente em contacto com pessoas do “movimento salafista” ultraconservador.

O ministro do Interior, Christophe Castaner, condecorou a título póstumo com a Legião de Honra as quatro vítimas: Damien Ernest, major, Anthony Lancelot, agente, Brice Le Mescam, adjunto administrativo principal, e Aurélia Trifiro, agente.

Outras fontes • LUSA

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