Greta Thunberg recebida em Lisboa por dezenas de ativistas

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De  Euronews com Lusa
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A sueca foi recebida também pelo presidente da Câmara da capital portuguesa, Fernando Medina, o qual deu as boas-vindas à jovem ativista

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O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, afirmou hoje que a cidade está de "portas abertas" para receber a ativista sueca Greta Thunberg, que desembarcou ao início da tarde em Lisboa, após atravessar o Atlântico.

"Ela é muito bem-vinda na cidade de Lisboa. É uma cidade que está de portas abertas e de braços abertos para a receber", disse o autarca à agencia Lusa na doca de Santo Amaro, Lisboa, onde algumas centenas de pessoas aguardaram várias horas pela chegada da jovem ativista.

Fernando Medina sublinhou que é um "gosto grande" que a ativista tenha escolhido passar por Lisboa antes de partir para a Cimeira do Clima em Madrid e avançou que tenciona dizer-lhe "de uma forma inequívoca" a grande protagonista que ela tem sido na questão ambiental, apesar de ser alvo de "muita crítica e de muita incompreensão".

REUTERS/Pedro Nunes

Por esta razão, Fernando Medina voltou a dizer de forma muito clara que ela é bem-vinda a Lisboa, que é uma cidade que está empenhada na mesma luta.

Fernando Medina referiu que pretende transmitir à ativista que a consciência que existe "é a de que o mundo, no seu global, não está neste momento, com uma estratégia de vencer as alterações climáticas", conforme alertou António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas.

"Temos de fazer mais, mais rápido, porque se não o fizermos corremos o risco de entrar numa situação incontrolável", concluiu o autarca.

Presidente Marcelo Rebelo de Sousa não quer "proveito político"

O Presidente da República elogiou hoje a jovem ativista ambiental sueca Greta Thunberg, descrevendo-a como "um símbolo de juventude, de futuro, de luta", mas reiterou que recusa "tirar proveito político" da sua passagem por Portugal.

Em declarações aos jornalistas no Antigo Museu Nacional dos Coches, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa declarou-se "muito feliz" por Greta Thunberg poder estar "umas horas" em território português, "antes de ir para Madrid" para participar numa conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas.

"Num momento em que o mundo discute em Madrid aquilo que é um tema do presente e do futuro, é um sinal muito positivo termos entre nós um símbolo de juventude, de futuro, de luta por uma causa como são as alterações climáticas e o aquecimento global", considerou.

Questionado se mantém a decisão de não se encontrar com a ativista de 16 anos, que se tornou conhecida por fazer greve às aulas em nome do clima, o chefe de Estado respondeu que sim, por não querer "dar a sensação" de que está "a querer tirar proveito político" da sua passagem por Portugal.

"A política não é isso. A política é verdadeiramente lutar pelas causas, e não tirar proveito pessoal das causas", acrescentou o Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa ressalvou que isso não significa que não esteja "feliz com uma causa" que é defendida por Greta Thunberg e assinalou que teve a oportunidade de a ouvir numa cimeira na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, em setembro.

REUTERS/Pedro Nunes

O chefe de Estado, que falava à margem de uma sessão do programa "Desportistas no Palácio de Belém", elogiou a forma como a jovem sueca "luta com determinação, de uma forma muito pessoal, muito empenhada e tentando dar o exemplo daquilo que defende", percorrendo o mundo "por um meio que respeita o ambiente".

Já no domingo à noite o Presidente da República tinha dito que não iria cumprimentar Greta Thunberg na sua chegada à Doca de Alcântara, em Lisboa, argumentando que isso poderia "ser considerado aproveitamento político".

Greta Thunberg cruzou o Atlântico num catamarã, para evitar os aviões devido à sua carga poluente, e chegou a Lisboa hoje de manhã, depois de 21 dias no mar.

Na Doca de Alcântara, foi recebida pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e pelo presidente da Comissão de Ambiente da Assembleia da República, José Maria Cardoso, entre outros dirigentes políticos, e por jovens ativistas portugueses.

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