Comunidade internacional pede justiça para as vítimas do "erro" que levou ao abate de um avião comercial no Irão
A comunidade internacional quer que o Irão seja consequente com o "erro" que fez cair um avião comercial com 176 pessoas a bordo, na quarta-feira. O presidente ucraniano recebeu do homólogo iraniano a garantia de colaboração e transparência nos próximos passos.
Numa declaração ao país, Volodymyr Zelenskiy garantiu ter acordado com Hassan Rouhani que a identificação dos corpos das vítimas será feita com "a máxima urgência e com o apoio dos peritos ucranianos". A investigação às caixas negras do avião será feita conjuntamente, anunciou o presidente da Ucrânia.
A bordo do avião, um Boeing 737 da companhia aérea Ukrainian International Airlines, iam 57 cidadãos canadianos. O primeiro-ministro do Canadá pede Justiça.
Para Justin Trudeau, "o que o Irão admitiu é muito sério. Abater um avião civil é horrível. O Irão tem de assumir toda a responsabilidade. O Canadá não vai descansar até que se prestem contas, faça justiça e as familias encontrem a paz que merecem."
Um comandante da Guarda Revolucionária iraniana assumiu "toda a responsabilidade" pelo abate do avião, numa declaração transmitida pela televisão. Na versão iraniana, uma falha de comunicações deixou a decisão de disparar o míssil nas mãos de um técnico que terá confundido o avião com um míssil de cruzeiro.
Nas ruas, a admissão de culpa desencadeou uma vaga de críticas ao governo de Hassan Rouhani.