As autoridades iranianas fizeram já várias detenções relacionadas com o derrube do avião ucraniano. Hassan Rouhani quer um tribunal especial.
O Irão promete levar à justiça os responsáveis pelo abate do avião da Ukrainian International Airlines. As autoridades do país admitiram que o despenhamento do avião na semana passada, que fez 176 mortos, foi causada pelo disparo de um míssil, depois de o avião ter sido confundido com um drone, em pleno braço-de-ferro com os Estados Unidos.
"O poder judicial deve formar um tribunal especial, com dezenas de peritos. Este não é um caso qualquer, é um julgamento que vai ser acompanhado em todo o mundo", disse o presidente Hassan Rouhani. Foram feitas várias detenções relacionadas com o caso.
A União Europeia aconselha, para já, as linhas aérea a evitar o Irão: "Com base na informação que temos e tendo em conta o clima atual, a nossa recomendação é que sobrevoar o Irão, a qualquer altitude, seja evitado até novas instruções. Esta é uma medida preventiva", anunciou o porta-voz da UE Stefan de Keersmaecker.
No Canadá, país de residência de grande parte das vítimas, o processo está a ser acompanhado de perto. Kathy Fox, presidente da autoridade canadiana para a segurança nos transportes (TSB), diz: "Há sinais de que o Irão está a deixar a TSB ter um papel mais importante que o habitual. Por exemplo, ao permitir aos investigadores da TSB participar no download e análise das caixas negras"-
No local do despenhamento estão também vários investigadores ucranianos. O avião, um Boeing 737-800, era praticamente novo e estava ao serviço da companhia ucraniana há apenas três anos. Este voo, entre as capitais do Irão e da Ucrânia, é muito utilizado como escala para o Canadá, onde vive uma importante comunidade iraniana.