Tanto o Irão como os EUA confirmaram dois ataques com mísseis balísticos, em retaliação à morte do general Soleimani.
O Irão lançou um ataque com mísseis balísticos contra duas bases no Iraque onde estão estacionadas tropas norte-americanas. Cumpriu assim a promessa de retaliar pelo assassínio do general Qassem Soleimani, uma das mais importantes figuras militares do Irão, morto no Iraque por um ataque norte-americano. É um episódio que representa um novo patamar no escalar de tensão entre a República Islâmica e os Estados Unidos.
A base de Al-Asad, a norte de Bagdad, foi atingida com pelo menos 13 mísseis, segundo confirmaram tanto fontes oficiais do Irão como dos Estados Unidos. Os norte-americanos confirmaram também um ataque, com vários mísseis, contra a base de Erbil, no Curdistão Iraquiano. O Pentágono diz que, em ambos os casos, os mísseis foram disparados do Irão.
Através do Twitter, o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Javad Zarif, descreveu o ataque como uma "resposta proporcional" e diz que "o Irão não está à procura de uma escalada no conflito".
Donald Trump interveio também via Twitter, dizendo que está tudo bem, nas palavras do próprio e que o balanço de eventuais baixas estava a ser feito. Para esta manhã nos Estados Unidos, tarde na Europa, marcou uma comunicação, em que se preveem novas ameaças ao Irão.
A base de Al-Asad abriga tropas dos Estados Unidos, mas também da Noruega. Um fonte militar norueguesa confirmou não haver baixas entre as tropas do país... mas o balanço geral é incerto. Não há, por enquanto, números de eventuais vítimas mortais ou feridos.
No comunicado, o Irão diz que dá esta operação por completa, mas ameaça com novos ataques, caso os Estados Unidos decidam ripostar.