País está sem governo há quase três meses. Violência policial contra manifestantes aumentou nos últimos dias.
Em Beirute, no Líbano, dezenas de pessoas concentraram-se frente ao ministério do Interior, para protestarem contra a violência policial dos últimos dias. Só em dois dias, foram detidas mais de cem pessoas. Os jornalistas, em especial, queixam-se de estar na mira da polícia. Os manifestantes querem a formação imediata de um governo capaz.
"Estamos aqui hoje porque demos um prazo de 48 horas para que seja formado um governo que satisfaça as nossas exigências - que seja um governo independente, não relacionado com partidos políticos, formado por tecnocratas, pessoas com experiência nas áreas que vão gerir. Não nos responderam a tempo e não temos mais tempo a perder", diz uma manifestante.
Depois de três meses de protestos por um governo que consiga fazer face à atual crise económica, as manifestações foram retomadas de forma mais violenta na terça-feira. Os manifestantes ergueram barricadas de fogo e destruíram as montras de vários bancos.
No centro das críticas, o chefe da segurança interna pediu desculpas pelo uso excessivo da força. O Líbano está sem governo desde a demissão de Saad Hariri a 29 de outubro. O primeiro-ministro interino Hassan Diab não conseguiu ainda formar um executivo.