Vacina é prioridade na Bulgária

Vacina é prioridade na Bulgária
Direitos de autor Nam Y. Huh/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Ricardo FigueiraDamian Vodenitcharov
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País tem uma das maiores taxas de mortalidade por Covid. Desconfiança em relação à vacina é alta.

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A Bulgária é um dos países com maior taxa de mortalidade por Covid-19 em toda a União Europeia, com 27 mortes por 100 mil habitantes. Se os problemas de saturação dos hospitais acontecem em toda a Europa, aqui assumem contornos mais graves. Ao contrário do que fizeram outros países, aqui não foi ditado um confinamento, apenas o fecho de escolas, bares e restaurantes.

Angel Kunchev, inspetor-chefe de saúde no país, explica: "Cerca de 5000 pessoas vão ser vacinadas inicialmente. São, sobretudo, profissionais de saúde, que trabalham nos hospitais das grandes cidades, em especial nas unidades de Covid. São pessoas que lidam todos os dias com pacientes de Covid, vivem rodeadas pelo vírus".

Os médicos temem, sobretudo, a desconfiança do público face à vacina: "A nossa maior preocupação não vem da logística e da vacina, mas do medo e hesitação do público. A julgar pelos outros programas de vacinação voluntária que temos, a taxa de pessoas vacinadas não é muito alta. Raramente excede os 30 ou 35%. Espero que, neste caso, as pessoas sejam mais sensatas", diz Kunchev.

Receber as vacinas foi complicado. A isso juntou-se a falta de infraestruturas para poder armazenar o produto a 70 graus negativos. Para poder armazenar e distribuir a vacina por todo o país, o governo búlgaro teve de comprar congeladores. Assim que chegaram no início deste mês, o primeiro-ministro anunciou o plano de vacinação.

O anúncio foi feito por Boyko Borissov enquanto inspecionava os novos congeladores, juntamente com o ministro da saúde: "As pessoas devem poder ter a vacina se quiserem, mesmo sendo na altura das festas. É voluntário. A vacina foi aprovada e negociada pela comissão Europeia. A Agência Europeia do Medicamento vai dar o aval. É isso que devemos explicar aos búlgaros", disse o primeiro-ministro.

As autoridades de saúde advertem que a vacina não vai acabar com o vírus e , para que haja imunidade de grupo, é preciso que pelo menos 70% da população tenha sido vacinada, o que não deve acontecer tão cedo. As medidas de prevenção devem continuar, na maior parte dos países, durante grande parte de 2021.

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