O partido, o terceiro maior no Bundestag, é oficialmente suspeito de extremismo. Agora, a Agência Federal para a Proteção da Constituição pode investigar com todos os recursos - agentes infiltrados e escutas, por exemplo - a formação política.
Na mira do Estado. Os serviços de secretos internos da Alemanha colocaram, oficialmente, o partido ultraconservador AFD, Alternativa Para a Alemanha, na lista de organizações suspeitas de extremismo. A partir de agora, a Agência Federal para a Proteção da Constituição pode investigar com todos os recursos - agentes infiltrados e escutas, por exemplo - a formação política que cresceu bastante nos últimos anos a fim de se tornar na terceira maior força política no Bundestag.
A líder parlamentar, Alice Weidel, reagiu de imediato no Twitter. Afirmou que "a decisão é injustificada e sem base e que não é coincidência a entrega da informação aos média em ano de eleições federais e a poucos dias de importantes duas eleições regionais".
O secretário-geral do SPD, de centro-esquerda e no governo, aproveitou para apoiar a decisão. Lars Klingbeil diz que a AFD é "inumana e antidemocrática e progride nos terrenos do ódio e da agitação que dividem a sociedade".
Markus Blume, secretário-geral da CSU, também na coligação governativa, concordou e escreveu que o "extremismo de direita é o diapasão da AFD e por isso não tem lugar em parlamentos".
A base legal para a vigilância deste partido, segundo o Der Spiegel, é um relatório da secreta interna de mil páginas sobre indícios de violações da ordem liberal democrática vigente, compilados por juristas e especialistas desde 2019.
Nos últimos tempos a popularidade do AFD tem caído, em particular devido a querelas internas.
A direção do partido vai avançar na justiça para impedir a aplicação da medida.
As eleições legislativas federais estão marcadas para o dia 26 de setembro.