Lei Europeia do Clima estipula corte de 55% nas emissões poluentes até 2030 e neutralidade carbónica até 2050
A União Europeia vai avançar com metas mais ambiciosas no combate às alterações climáticas.
O Parlamento Europeu e os Estados-membros, sob a presidência rotativa de Portugal, chegaram a acordo sobre a Lei Europeia do Clima, que estabelece como metas para o bloco comunitário a neutralidade carbónica até 2050 e um corte das emissões poluentes de 55 por cento até 2030, contra a atual meta de 40 por cento definida no Acordo de Paris.
Pascal Canfin, eurodeputado e presidente da Comissão do Ambiente no Parlamento Europeu:"Esta lei do Clima muda as regras do jogo. Há um antes e um depois da lei do Clima. [...] Significa que, quando comparamos o ritmo na redução de CO2 na última década, 2010 a 2020, com o ritmo que será definido pela lei a partir de agora, entre 2021 e 2030 vamos avançar duas vezes e meia mais rápido."
O acordo também prevê o desenvolvimento rápido de fontes de energia renovável, algo que a União Europeia espera resulte na criação de milhares de empregos e sirva de exemplo para outras potências mundiais.
Jytte Guteland, eurodeputada e relatora do acordo:"O momento em que chega esta lei do Clima é ótimo, porque constituirá uma mensagem importante para a cimeira UE-Estados Unidos desta semana. E acredito que irá impactar o mundo o facto de termos uma lei climática que está a mostrar o que estamos a fazer, que foi melhorada."
Espera-se que o presidente norte-americano siga o exemplo e anuncie metas igualmente ambiciosas na cimeira que terá início esta quinta-feira. Uma das primeiras medidas de Joe Biden depois de assumir o cargo foi reverter a decisão do predecessor Donald Trump e reassumir o compromisso do país com o Acordo de Paris.