A assinatura do acordo, esta sexta-feira, deixou representantes das instituições europeias e parceiros sociais satisfeitos. Agora, falta o aval dos chefes de Estado e de governo.
Entre líderes europeus e parceiros sociais, o sentimento à saída do primeiro dia do Compromisso Social do Porto era comum, todos se congratularamm com a declaração assinada, esta sexta-feira.
Piotr Sadowski, da Plataforma Social, disse estar "extremamente contente" por ter r"ecebido a declaração acordada pelos parceiros sociais, a plataforma social que representa a sociedade civil aqui no Porto e e ainda por Ursula Von der Leyen, Charles Michel e David Sasoli". Agora, diz Sadowski, falta apenas que os chefes de Estado também concordem com a declaração, este sábado.
Para Ludovic Voet, porta-voz da Conferência Sindical Europeia (CES), a assinatura do compromisso social é "um ponto de partida. Com a implementação, esperamos realmente que a nível europeu possamos ter uma diretiva sobre um salário mínimo adequado, para que todos possam viver com o seu salário, uma diretiva sobre transparência salarial, para que o fosso salarial entre homens e mulheres deixe também de existir e ainda uma diretiva que conceda direitos aos trabalhadores em plataformas. Se isto acontecer nos próximos meses e anos, será muito importante para os trabalhadores".
Maria João Rodrigues foi a relatora do Parlamento Europeu e negociadora interinstitucional do Pilar Europeu dos Direitos Sociais que os Estados-membros querem agora implementar. Ao final do dia, a atual Presidente da Fundação para Estudos Europeus Progressivos demonstrou também estar confiante no acordo alcançado.
"Sai daqui um compromisso mais forte, com a implementação do pilar social, com medidas muito concretas para os vários grupos da população europeia: crianças, jovens, igualdade entre homens e mulheres, e também todos aqueles que trabalham, qualquer que seja o setor, qualquer que seja a região, têm de contar com um contrato de trabalho digno, acesso à proteção social e acesso à formação profissional".
A ex-eurodeputada sublinha no entanto que o pilar social precisa de ter medidas concretas e meios financeiros para as tornar realmente práticas no terreno.