Indulto de Pedro Sánchez aos dirigentes que participaram na tentativa de secessão da Catalunha em 2017 alvo de críticas da oposição mas também dos independentistas
Foram libertados os nove líderes políticos catalães, detidos na sequência da tentativa de secessão da Catalunha em 2017, e apesar da longa estadia atrás de grades, não perderam o sonho independentista. Um sonho manifestado por Oriol Junqueras, antigo vice-presidente do governo regional da Catalunha, na hora da libertação com um grito: "Visca Catalunya lliure!" (Viva a Catalunha livre).
A libertação segue-se ao indulto concedido por Pedro Sánchez, na terça-feira, medida que o líder do governo espanhol justificou com a necessidade de coesão nacional mas que veio dividir ainda mais o país.
Os independentistas agradecem o indulto mas não deixam de pedir também um perdão total e o direito à autodeterminação. Já a oposição prometeu recorrer e Pablo Casado, líder do Partido Popular, acusou mesmo Pedro Sánchez de trair o juramento de defender a unidade nacional e a igualdade entre espanhóis. Não ficou sem resposta:
"Esta é uma medida corajosa, uma medida reparadora, uma medida a favor da concórdia e da convivência, uma medida que vai reduzir a discórdia política e territorial e isso é fundamental para recuperar a coesão na Catalunha."
A decisão de libertar os dirigentes políticos que participaram na declaração unilateral de independência não deixou ninguém indiferente em Espanha. Em Barcelona, o berço do separatismo, foram os defensores de um país unido que saíram para rua para criticar o indulto concedido pelo governo e que consideram uma traição à coroa.