Presidente pede desmobilização para não prejudicar economia do país
Mais de 24 horas depois da grande manifestação de apoio a Jair Bolsonaro, centenas de pessoas continuam na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Criticam as posições do Supremo Tribunal Federal e falam de detenções "que não estão previstas na Constituição do país". Uma barreira policial impede que os manifestantes se aproximem da sede do Supremo.
A tensão e as demonstrações de apoio ao presidente mantêm-se no Brasil. Camionistas que apoiam Bolsonaro continuavam a bloquear as principais auto-estradas em pelo menos 15 estados brasileiros na manhã desta quinta-feira.
De acordo com o último boletim do Ministério das Infra-estruturas, houve uma redução de 10% no número de bloqueios em comparação com o último relatório na noite de quarta-feira, quando 16 dos 27 estados do Brasil foram afetados.
Numa mensagem áudio distribuída quarta-feira à noite entre grupos de condutores mobilizados, Bolsonaro sublinhou que estes bloqueios, que afetam estradas em estados como o Rio de Janeiro (sudeste), Pará (norte), Bahia (nordeste) ou Santa Catarina (sul) "dificultam" a principal economia latino-americana."Isto causa escassez, inflação, e prejudica todos, especialmente os mais pobres", declarou o presidente. O estado de São Paulo, o mais rico e povoado do país, que não aparece no último relatório do ministério, está também a sofrer bloqueios, de acordo com a imprensa local.
A mobilização dos camionistas reavivou o fantasma da greve do setor que paralisou o país durante vários dias em 2018, em protesto principalmente contra o aumento dos preços dos combustíveis