Ucrânia aprova "lei dos oligarcas"

Ucrânia aprova "lei dos oligarcas"
Direitos de autor Eduardo Munoz/AP
De  Euronews com AP
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Multimilionários impedidos de financiar partidos ou participar na privatização de grandes empresas

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Parlamento da Ucrânia aprova lei para travar a influência dos oligarcas na política e na economia. A legislação visa diretamente ucranianos com fortunas acima dos mil milhões de dólares - um grupo restrito de que faz parte o antigo chefe de Estado Petro Poroshenko.

Os oligarcas vão ser identificados pelo Conselho de Segurança Nacional e serão proibidos, por exemplo, de financiar partidos políticos e participar na privatização de grandes empresas.

A lei foi aprovada um dia após a tentativa de assassinato de um assessor presidencial.

"O assessor principal do presidente da Ucrânia foi atacado. Foram disparados 12 tiros. Três dos quais atingiram o condutor. Este é o preço das mudanças no país, este é o preço da reforma," afirmou Volodymyr Zelensky perante a Assembleia Geral das Nações Unidas.

O atentado desta quarta-feira foi classificado como o preço da lei dos oligarcas na Ucrânia. Para Zelensky, esta é "uma oportunidade histórica" para reformar a Ucrânia.

"A Ucrânia está aberta às grandes empresas, mas não à influência dos oligarcas nos trabalhadores, políticos e meios de comunicação", escreveu Zelensky no Twitter. "Hoje demos mais um passo para nos livrarmos deles", acrescentou.

O texto da lei foi aprovado esta quinta-feira por uma maioria absoluta de 279 votos.

O ataque com arma automática na quarta-feira, contra o carro do principal conselheiro do presidente, Sergei Chefir, perto de Kiev fez um ferido, o motorista. O Chefe de Estado ucraniano prometeu imediatamente uma "resposta forte" ao ataque, prometendo não ceder à "intimidação" e continuar a sua "luta contra o crime e contra grupos financeiros influentes".

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