Novo chefe de Estado será, com quase toda a certeza, um antigo primeiro-ministro: José Maria Neves ou Carlos Veiga. Eleição pode resolver-se à primeira volta.
Os cabo-verdianos votam este domingo para eleger um novo presidente, nas sétimas presidenciais desde que o multipartidarismo foi instaurado no início dos anos 90. Cabo Verde é um país dado como exemplo de estabilidade democrática em África Ocidental, em que a alternância entre os dois principais partidos, o PAICV (centro-esquerda) e o MpD (centro-direita), se tem feito de forma pacífica.
Cabo Verde tem também um dos maiores PIB per capita de toda a região, mas a economia do país, muito dependente do turismo, sofreu um duro golpe com a pandemia.
As eleições podem ficar resolvidas já na primeira volta, mas a segunda volta, a 31 de outubro, é uma possibilidade. Entre os sete candidatos, só dois têm hipóteses de ser eleitos, ambos antigos primeiros-ministros: José Maria Neves, do PAICV, e Carlos Veiga, do MpD, que tenta a eleição pela terceira vez, depois das derrotas de 2001 e 2006. Tanto o governo como o atual presidente, Jorge Carlos Fonseca, são do MpD.