Batalhão Azov acusa forças russas de terem espalhado substância venenosa pela cidade, através de um drone.
Os olhos do mundo viram-se para Mariupol. A cidade portuária ucraniana que as forças russas querem controlar a todo o custo pode ter sido já palco do primeiro ataque químico no país. Relatos vindos de fontes do batalhão Azov, a combater na região, dão conta de vítimas com falta de ar e problemas de coordenação motora, após um drone do exército russo ter sobrevoado o local. As informações, ainda não confirmadas, estão a ser investigadas pelo Reino Unido e Estados Unidos.
Ao Ocidente, o presidente ucraniano pede que trave estes ataques com mais sanções.
Volodymyr Zelenskyy afirmou esta segunda-feira, que "um dos porta-vozes" russos admitiu poder vir a usar armas químicas contra Mariupol e que essa informação está a ser levada "seriamente" pelas autoridades ucranianas.
O chefe de Estado aproveitou ainda para recordar "aos líderes mundiais" que este tipo de ofensiva "já tinha sido discutida" e que, caso aconteça será necessária uma reação "muito mais severa e rápida" à "agressão russa".
Falar ou não falar com Putin
Ainda esta segunda-feira foi a vez de o chanceler austríaco, Karl Nehammer, tentar pôr um termo à guerra, mas sem qualquer resultado. Nehammer diz ter saído de uma reunião com Vladimir Putin sem uma "impressão otimista" e deixou o alerta para uma "ofensiva" de "escala massiva" e "já bem preparada" no leste da Ucrânia.
O encontro mereceu as críticas do primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, que diz "não ter mudado de ideias" quanto a conversas com Putin e que "nesta fase da guerra, quando a Rússia já cometeu crimes de guerra, não se deve falar com os criminosos" .
Depois de a Rússia ter retirado tropas da região de Kiev, a Ucrânia deu já por iniciada a "ofensiva final" contra o Donbass, região no leste do país, onde o Ocidente estima que Moscovo duplique ou mesmo triplique" as forças militares.