Risco de colapso nos Alpes suíços

O colapso de uma parte do glaciar Marmolada nos Alpes italianos levantou receios de novas derrocadas de rochas - como em Kandersteg, na Suíça. A avalanche que teve lugar no dia 3 de julho matou pelo menos seis pessoas e feriu outras oito. Trata-se de uma estância de renome nos Alpes suíços, com um lago em alta altitude, chalés de madeira e muitos turistas; a cidade de Kandersteg oferece uma paisagem digna de um postal. Mas existe uma parte da montanha em risco de colapso, mesmo acima da aldeia. Este risco está a ser monitorizado de perto por uma equipa de geólogos e guias de montanha. Só é possível aceder à zona de helicóptero.
Face ao perigo, os geólogos colocaram dezenas de sensores para monitorizar os movimentos da montanha. Graças a estes instrumentos, os cientistas chegaram à conclusão que a montanha desloca-se vários metros por ano. Trata-se de um recorde nos Alpes e de uma das consequências do aquecimento global.
Em caso de chuvas fortes, a lama e as pedras cheguam perto das casas, mas foram feitos trabalhos para proteger as zonas habitadas. Apesar do risco real, os habitantes encaram a situação com um estado de espírito positivo. Uma residente acredita que: "se andarmos de carro todos os dias corremos mais riscos do que de sermos mortos por uma pedra da montanha".
É impossível saber quando a montanha pode ruir, mas graças aos sistemas de vigilância, o alerta pode ser dado com 48 horas de antecedência, o suficiente para deslocar as pessoas da localidade.