Casa Branca felicita operação militar que matou líder da Al-Qaeda

Access to the comments Comentários
De  Euronews
Bandeira dos EUA colocada juntamente com uma fotografia das Torres Gémeas em memorial das vítimas do 11 de setembro, Nova Iorque
Bandeira dos EUA colocada juntamente com uma fotografia das Torres Gémeas em memorial das vítimas do 11 de setembro, Nova Iorque   -  Direitos de autor  Anthony Behar/AP

Washington congratulou-se com a morte do líder da Al-Qaeda, este fim de semana. Ayman al-Zawahri terá morrido na sequência de um ataque de precisão realizado pela CIA, em Cabul, apesar de o presidente Joe Biden ter ordenado a retirada das tropas norte-americanas no Afeganistão até setembro de 2021.

John Kirby, porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca, referiu que "esta ação demonstra que [mesmo] sem as forças americanas no terreno, no Afeganistão e expostas ao perigo, continuamos a ser capazes de identificar e localizar o terrorista mais procurado do mundo e depois agir no sentido de o retirar do campo de batalha".

Al-Zawahri era procurado há anos pelos serviços secretos norte-americanos, após ter ajudado a coordenar os atentados de 11 de setembro de 2001.

Entre alguns afegãos permanece, no entanto, a dúvida de que o líder da Al-Qaeda se encontrasse em Cabul.

Mohammad Bilal, estudante universitário, não crê "que o líder da Al-Qaeda possa estar em Cabul, porque se trata de um grupo terrorista e não creio que enviem o seu líder para o Afeganistão" e afirma que "este ataque foi apenas para criar medo e desestabilizar o povo".

Mas a notícia da morte de al-Zawahri parece trazer algum conforto, por estes dia,s a Nova Iorque. Os atentados perpetradospela da Al-Qaeda a 11 de setembro de 2001 mataram cerca de três mil pessoas. A mulher de CharlesWolf foi uma das vítimas.

Agora, o viúvo e ativista pelas vítimas diz estar "radiante".

"Quando me disseram, mesmo antes de me lembrar quem era este homem, só senti um arrepio pela coluna acima até ao pescoço.Assim sem mais nem menos. Foi bom saber", conta.

Para Charles a morte de um dos mentores do 11 de setembro permite dar um passo em frente num luto que ainda hoje não é permitido a todas as famílias. Duas décadas após os atentados, cerca de 40% das vítimas permanecem por identificar.