Futebolista diz que retribui a ajuda que recebeu no pior momento da vida, Lula diz que o apoio de Neymar tem outros motivos
Não é política, é copa. O argumento é inatacável para os adeptos fiéis à tradição de enfeitar a rua em apoio à seleção brasileira à medida que se aproxima o Campeonato do Mundo. O problema é quando é o futebol a abraçar a política, mais concretamente o maior craque do escrete canarinho.
O apoio de Neymar a Jair Bolsonaro não é de agora, este sábado o atacante voltou a dar a cara pelo Presidente, no que considerou uma "retribuição" pela ajuda que recebeu no "pior momento da vida".
Em 2019, Bolsonaro não hesitou em colocar-se do lado de Neymar quando este foi acusado de violar uma modelo em Paris.
Na semana passada, no entanto, Lula da Silva tinha acusado Neymar de ter outros motivos. Em entrevista publicada no Flow Podcast, o antigo Presidente disse que o futebolista tinha medo que ele soubesse quanto é que Bolsonaro tinha perdoado da sua dívida fiscal.
O pai de Neymar não demorou a classificar as acusações de informação falsa, esclarecendo que os problemas com as finanças brasileiras foram resolvidos no tempo de Michel Temer.
Com a campanha eleitoral na reta final e o equilíbrio a dominar as sondagens, ambos os candidatos jogam desesperadamente ao ataque.
Se milhões de brasileiros esperam que Neymar leve a seleção às costas rumo ao sexto título mundial, Jair Bolsonaro espera que o craque o carregue rumo a um segundo mandato no Palácio do Planalto.