Dia de protestos pacíficos na capital do Peru após dias de violência que já matou quase 50 pessoas. Os bloqueios estão a provocar escassez de alimentos.
Desta vez foram pacíficos os protestos na capital do Peru, Lima. Ainda assim, está longe de estar terminado o movimento de apoio ao Presidente destituído, Pedro Castillo.
A atual chefe de Estado do país, Dina Boluarte, tinha apelado ao diálogo mas os manifestantes continuam a sair às ruas contra a destituição e detenção do primeiro líder do país de origem andina. Castillo foi afastado e preso no mês passado e após uma tentativa, falhada, de dissolução do Congresso peruano.
Desta vez a polícia não interveio e os manifestantes, chegados de vários pontos do país, muitos deles remotos, marcaram a sua posição sem a onda de violência que se tem assistido há semanas. Confrontos, entre polícia e quem protesta, que já fizeram quase 50 mortes.
Sul do país arrisca escassez de alimentos
As dezenas de bloqueios de estradas, por parte dos manifestantes anti-governamentais, estão a complicar a entrega de bens de primeira necessidade em algumas regiões, sobretudo no sul do Peru. Começa já a sentir-se a falta de alimentos e combustível.
Cusco é uma das cidades onde os camiões-cisterna, que transportam os combustíveis, não conseguem chegar. Em Puno, junto ao Lago Titicaca, os preços de alimentos como batatas ou tomate já triplicaram.
Presidente da Colômbia apoia Castillo
Através das redes sociais, Pedro Castillo, agradecia a "lúcida declaração" e "solidariedade" para com o povo peruano, de Petro Gustavo, o novo Presidente da Colômbia. "O desejo de construir uma América Latina unida persistirá sempre", afirmava o ex-chefe de Estado peruano.