Giorgia Meloni reitera apoio de Itália à Ucrânia em visita a Kiev

Primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, em Kiev
Primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, em Kiev Direitos de autor STR/AFP
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Primeira-ministra italiana esteve pela primeira vez no país desde o início da invasão russa

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A primeira-ministra italiana cumpriu a promessa e, esta terça-feira, visitou a Ucrânia pela primeira vez, ainda antes do primeiro aniversário da guerra. Em Kiev, Giorgia Meloni foi recebida pelo presidente Volodymyr Zelenskyy, a quem assegurou a solidariedade de Roma no esforço de defesa e reconstrução do país. 

À mesa com o chefe de Estado ucraniano, Meloni acusou Putin de fazer propaganda e garantiu ao presidente ucraniano que Itália não vacilará no apoio ao país invadido pela Rússia, apesar de uma linha vermelha continuar a separar os dois líderes. 

"É preciso dizer as coisas como elas são: atualmente o fornecimento de aeronaves não está sobre a mesa", afirmou a líder do executivo italiano, durante uma conferência de imprensa em Kiev. 

A deslocação da primeira-ministra italiana contou ainda com uma passagem por Irpin, onde testemunhou de forma emocionada a destruição causada pelas ofensivas russas.

Zelenskyy diz que não viu discurso de Putin

Na mesma altura em que Vladimir Putin se apresentava para o discurso do Estado da Nação, a Rússia bombardeava a cidade Kherson, matando pelo menos seis pessoas e deixando 21 feridos.

Apesar de admitir não ter acompanhado a intervenção do presidente russo por estar concentrado no que acontecia em Kherson, Zelenskyy classificou o ataque como a verdadeira mensagem de Putin para o mundo.

O presidente ucraniano acusou ainda a Rússia de estar a usar “todo o tipo de armas”, inclusive gás lacrimogéneo, contra a Ucrânia.

Minas russas estão a deixar população mutilada

Em Kharkiv, peritos em explosivos removem há meses o que restas dos mísseis russos. Numa área recentemente recuperada pelas forças ucranianas, são já muitas as vítimas de engenhos por explodir.

Maxim Yuryevych, da Proteção Civil ucraniana, conta que "acontece muitas vezes, os habitantes locais deslocarem-se em terrenos minados, ou com outros explosivos, com consequências muitas vezes fatais. Se as pessoas não morrem, ficam gravemente feridas, perdem braços ou pernas".

O tratamento dos feridos também se encontra comprometido. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os bombardeamentos russos danificaram direta ou indiretamente cerca de 1.200 infraestruturas para cuidados de saúde, das quais 173 hospitais ficaram completamente destruídos.

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