Partido no poder da Geórgia retira do Parlamento a “lei dos agentes estrangeiros”

Confrontos em Tblissi
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A capital do país assistiu a três noites consecutivas de protestos contra a lei que limita a liberdade de meios de comunicação social e organizações não-governamentais

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Depois de três noites consecutivas de protestos, confrontos entre manifestantes e polícia e dezenas de pessoas detidas, o partido governamental da Geórgia anunciou que vai retirar do parlamento a lei dos agentes estrangeiros.

Numa declaração conjunta, o movimento Força do Povo e o partido governante Sonho Georgiano anunciaram que, em primeiro lugar, é preciso tratar da paz, tranquilidade e desenvolvimento económico da Geórgia, e do progresso no caminho da integração europeia. “Portanto, como forças responsáveis, decidimos retirar incondicionalmente o projeto de lei", escreveram.

Para as duas formações, a "máquina da mentira" confundiu parte da sociedade e e atribuiu ao projeto lei um "falso rótulo 'russo'" e uma relação com a renúncia à integração do país na Europa.

Na noite desta quarta-feira, um dos principais pontos do protesto em Tblisi foi a área onde fica situado o parlamento. Foi ali que os deputados aprovaram a primeira leitura da proposta de lei que exige que os meios de comunicação e as organizações não-governamentais que recebem mais de 20% de financiamento de fontes de fora do país se registem como "agentes de influência estrangeira".

Para os críticos, a medida que é semelhante a uma lei que foi adotada na Rússia em 2012, aproxima o país de Moscovo, marca uma mudança para o autoritarismo e prejudica as hipóteses de Geórgia entrar na União Europeia.

A presidente Salome Zurabishvili, assumidamente pró Europa, já tinha anunciado que iria vetar o projeto lei. Mas na Geórgia, o Parlamento pode anular os vetos presidenciais.

A delegação da União Europeia na Geórgia já saudou a decisão do governo da Geórgia e encorajou todos os líderes políticos a retomar as reformas pró-europeias".

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