Racismo, um problema enraizado no futebol

Adeptos mostraram-se solidários com Vinícius Júnior
Adeptos mostraram-se solidários com Vinícius Júnior Direitos de autor Tuane Fernandes/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Tuane Fernandes/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
De  euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Os ataques que o jogador brasileiro Vinícius Júnior tem sofrido em vários estádios em Espanha chamaram a atenção para o problema do racismo no futebol. Vários futebolistas têm sido vítimas ao longo dos anos.

PUBLICIDADE

Vários futebolistas têm sido vítimas de racismo ao longo dos anos, mas poucos têm conseguido reagir.

"O racismo não é algo que acontece com muita frequência, mas sempre que acontece, atira-nos ao chão. Quando pensamos que está tudo bem, recorda-nos que não está. Recorda-nos como algumas pessoas nos veem. É não é todo a gente, mas mesmo que seja 1%, para a quantidade de pessoas envolvidas no futebol 1%, é muita gente", diz Nedum Onuoha, antigo futebolista, que também foi vítima de racismo. 

O antigo jogador inglês Mark Bright tem sido uma voz na luta contra o racismo no futebol. Na sua biografia, descreveu várias situações que enfrentou. 

"Olhando para trás, retrospetivamente, as televisões falharam-nos, a rádio falhou-nos, a Associação de Futebolistas Profissionais falhou-nos. Não tomaram uma posição contra isso. Apenas enterraram as cabeças na areia, à espera que desaparecesse eventualmente. Não desapareceu", lamenta Bright.

"Os jogadores e os adeptos tiveram que se organizar para fazer tudo funcionar, para fazer a campanha 'Kick Racism Out Of Football' e fazer com que as pessoas aderissem e impedissem os adeptos de...  5 mil pessoas atrás do baliza a cantar "preto isso" e "preto aquilo". É difícil jogar em frente a essas pessoas. Era preciso ser duro, resiliente naquela época", realça.

Paul Canoville, antigo futebolista do Chelsea, foi muitas vezes vítima de insultos racistas. Até bananas lhe chegaram a atirar, mas nunca conseguiu reagir.

"Agora, hoje em dia, jogadores como eu, jovens jogadores negros não devem ficar calados. Devem reagir logo. Eu não fiz isso naquela época. Isso é algo que ensino agora aos jogadores em ascensão."

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Justiça espanhola pede quase cinco anos de prisão para Carlo Ancelotti por fraude fiscal

Espanha vence Mundial Feminino de Futebol

Inglaterra impõe-se à Austrália e estreia-se na final do mundial