Supremo volta a dividir os EUA com fim das quotas nas Universidades

Manifestantes à porta do Supremo Tribunal de Justiça dos EUA
Manifestantes à porta do Supremo Tribunal de Justiça dos EUA Direitos de autor Jose Luis Magana/AP
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Biden entre os críticos do fim da discriminação positiva no acesso ao Ensino Superior

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É considerado por muitos como um golpe na promoção da diversidade no Ensino Superior. O Supremo Tribunal dos Estados Unidos acabou com a discriminação positiva com base na raça ou etnia no acesso à universidade.

O Presidente dos Estados Unidos está contra a decisão. Joe Biden teme o fim do equilíbrio social de oportunidades.

“Embora o talento, a criatividade e o trabalho árduo estejam em todo o lado neste país, a igualdade de oportunidades não está em todo o lado neste país. Não podemos deixar que esta decisão seja a última palavra”, sublinhou.

O Supremo reescreve uma decisão com 45 anos e, depois de ter revogado direito ao aborto, volta a dividir o país.

Amanda Larimar, de Portland, mostra-se “preocupada” com a possibilidade de “a América retroceder e que limite as oportunidades para os estudantes de cor”. “Que limite o progresso que vimos nas últimas décadas. Por isso, estou preocupada", reiterou.

Do outro lado da barricada, Edward Blum, fundador e presidente da “Students for Fair Admissions” - Estudantes para Admissões Justas -, que esteve na origem da decisão anunciada esta quinta-feira, considera que "o fim das preferências raciais nas admissões universitárias é um resultado que a grande maioria dos americanos de todas as raças irá celebrar”.

“Uma universidade não tem uma verdadeira diversidade quando se limita a reunir estudantes que parecem diferentes mas que têm origens semelhantes e falam, agem e pensam da mesma forma”, defendeu Blum.

Kamala Harris, a primeira vice-presidente negra dos Estados Unidos, considerou que o Supremo dá provas de ser cego à história e aos dados.

“É completamente errado sugerir que se trata de daltonismo, quando na verdade se trata de ser cego à história, ser cego aos dados, ser cego às provas empíricas sobre as disparidades”, defendeu.

A decisão imposta pela maioria de seis juízes conservadores no Supremo, contra três progresssistas, teve por base a alegada inconstitucionalidade do sistema de quotas que impedia o princípio da igualdade entre todos os cidadãos norte-americanos.

O antigo presidente Donald Trump disse tratar-se de “um grande dia para a América” por voltar a haver “um sistema totalmente baseado no mérito”.

Também o líder da maioria republicana na Câmara dos Representantesm Kevin McCarthy, enalteceu o facto de o Supremo permitir que os alunos possam competir “com base em padrões iguais e no mérito individual”, o que, acrescentou, “torna o processo de admissão nas universidades mais justo”.

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