Debate aceso entre líderes do PSOE e do PP no caminho para as Legislativas, mas que pouco trouxe aos espanhóis, em termos de propostas para o futuro do país.
Espanha assistiu, na segunda-feira, a um aceso debate entre os dois principais candidatos à chefia do próximo governo. Durante pouco mais de 100 minutos, o atual líder do executivo e o da oposição interromperam-se, acusaram-se, mutuamente, de mentir e passaram ao lado de questões de fundo.
Ninguém é perfeito, como reconhecia o socialista. Pedro Sánchez admitia ter cometido "erros", ter tido "problemas" com o seu governo. Mas lembrava ter tido em "mandato muito difícil", devido à pandemia de Covid-19 e, agora, à "guerra" na Ucrânia. O socialista acrescentava ser "um político limpo".
Por seu lado, o conservador Alberto Núñez Feijóo apelava a uma maioria sólida, o que as sondagens não anteveem, e recordava as incoerências do governo de Sánchez ao apoiar-se na extrema-esquerda. O líder do Partido Popular questionava o apoio de Sánchez à Ucrânia enquanto membros da coligação governativa "flirtavam" com Putin.
Já Sánchez relembrou os acordos do Partido Popular com a extrema-direita nas regiões e autarquias. Acordos que serão necessários também a nível nacional, para governar, dizem as sondagens, coisa que o líder do PP não descarta.
Espanha vai a votos, em eleições Legislativas antecipadas, a 23 de julho.