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Fogo de artifício cancelado, reforço da polícia: 14 de julho sob vigilância apertada em França

Fogos de artifício sobre a Baie des Anges, Nice, 13/07/2023
Fogos de artifício sobre a Baie des Anges, Nice, 13/07/2023 Direitos de autor  VALERY HACHE/AFP or licensors
Direitos de autor VALERY HACHE/AFP or licensors
De Anne Devineaux
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As festas e o fogo de artifício dos feriados em França devem ou não ser cancelados? Um dilema para alguns presidentes de câmara confrontados com o risco de violência urbana e a ameaça de incêndios.

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Duas semanas após os tumultos que abalaram a França, alguns presidentes de câmara decidiram renunciar às festividades do 14 de julho. É o caso do presidente da Câmara de Montargis. Esta cidade de 15.000 habitantes, na região Centro-Val de Loire, foi uma das mais afectadas pela violência que se seguiu à morte de Nahel, assassinado por um polícia no final de junho.

"O estigma ainda está demasiado fresco na mente das pessoas e nas paredes para se pensar em festejar", disse o presidente da Câmara de Montargis, Benoît Digeon, à Euronews. "Tivemos dois edifícios destruídos, (...) 80 lojistas gravemente afectados, montras partidas, lojas saqueadas, um cenário terrível de tumultos", recorda.

Em vez das celebrações previstas para a noite de 13 de julho, "foi organizada uma cerimónia de homenagem aos bombeiros e aos polícias", que estiveram na linha da frente durante os tumultos. O espetáculo de fogo de artifício foi "adiado para o Natal", explica Benoît Digeon.

Um dispositivo de segurança excecional

Bures-sur-Yvette, perto de Paris, não sofreu os mesmos danos. Apenas o muro da Câmara Municipal foi marcado. O presidente da câmara decidiu prosseguir com o festival, mas com segurança reforçada. "Pareceu-nos que a calma tinha regressado o suficiente para o podermos organizar em condições adequadas", disse o presidente da Câmara, Jean-François Vigier, à Euronews.

Em todo o país, o governo mobilizou uma força de segurança excecional para este período. No total, cerca de 45.000 polícias e gendarmes, unidades de elite e veículos blindados foram mobilizados desde quinta-feira à noite e até sábado de manhã.

Fogos de artifício cancelados devido à seca

Por fim, para além da violência urbana, a questão da seca também pesou no espírito dos eleitos. Algumas autarquias, como Estrasburgo, Nîmes e Perpignan, decidiram cancelar os seus tradicionais espectáculos de fogo de artifício.

"As autoridades provinciais quiseram certificar-se de que os fogos de artifício não se realizavam perto de zonas verdes susceptíveis de se incendiarem", explica Jean-François Vigier, membro da direção da Association des Maires de France.

Apesar disso, os fogos de artifício continuarão a ser a norma em toda a França. "Tem de haver uma razão muito válida para não realizar este acontecimento altamente simbólico. É o próprio fundamento da República Francesa", sublinhou Jean-François Vigier.

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