Esta terça-feira, o Reino Unido alertou para a possibilidade de ataques russos a navegação civil no Mar Negro
Os habitantes da cidade portuária de Odessa, no sul da Ucrânia, continuam a limpar os escombros deixados pelos bombardeamentos russos. Nos próximos dias, representantes da UNESCO vão visitar a região para inspecionar o património cultural afetado.
O ataque deste fim de semana danificou dezenas de monumentos importantes, alguns considerados Património Mundial da UNESCO, como é o caso da Catedral da Transfiguração, fundada em 1794 e restaurada em 2007.
Russa e Ucrânia reclamam avanços
Esta terça-feira, Oleksandr Syrsky, Comandante das Forças Armadas da Ucrânia, visitou as brigadas de combate nas direções de Bakhmut e Liman para ajustar os planos militares. De acordo com as informações do Estado-Maior ucraniano, os combates continuam ativos nessas direções e também na direção de Avdiivka.
Do lado da Rússia, chegou a a informação de que o governo adiou até ao final deste ano o prazo para restaurar a ponte da Crimeia, danificada nos ataques de outubro e julho. Em comunicado, o ministério da Defesa afirmou ter travado vários avanços do exército ucraniano na região de Donetsk e sublinhou os avanços das tropas russas no Leste da Ucrânia.
Entretanto, a Duma aprovou uma alteração que alarga a idade de convocação para o serviço militar até aos 30 anos. Até aqui, o serviço militar era obrigatório até aos 27 anos. o Kremlin também adotou o projeto de lei que vai multiplicar por dez as atuais multas por não comparência ao comissariado militar.
Rússia pode atacar navios civis no Mar Negro
O Reino Unido tem informações que indicam que os militares russos podem ir além dos ataques às instalações de cereais ucranianas e atingir a navegação civil no Mar Negro. A informação foi divulgada esta terça-feira, pela embaixadora britânica na ONU.
“O primeiro-ministro Rishi Sunak partilhou a informação com o presidente da Ucrânia, durante uma chamada telefónica”, disse Barbara Woodward. "Concordamos com a avaliação dos EUA de que este é um esforço coordenado para justificar e culpar a Ucrânia por qualquer ataque contra navios civis no Mar Negro", acrescentou.
A missão da Rússia nas Nações Unidas em Nova York não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.